O escolhido foi a Volkswagen, parceira de algum tempo: o Hillman Avenger, da Chrysler européia, que aqui chamou-se Dodge 1800/Polara, foi vendido na Argentina como VW 1500/1800. O Omni e o Horizon americanos receberam um quatro-cilindros de 1.700 cm³ e 70 cv, da mesma família que se tornaria a AP, bem conhecida dos brasileiros (curiosamente essa opção de cilindrada nunca foi usada por aqui). Cabeçote, carburador e sistema de admissão eram exclusivos da Chrysler. Outra diferença entre os dois lados do Atlântico estava na suspensão dianteira, em que o sistema de barras de torção do europeu deu lugar ao conceito McPherson com molas helicoidais no americano. |
Nos EUA o motor 1,7-litro era da Volkswagen, depois trocado por um 1,6 da Peugeot, e havia opção por um 2,2-litros, de desempenho adequado aos padrões locais |
Com a venda das atividades em automóveis da Chrysler européia para a
Peugeot, em maio de 1978, o Horizon adotava um ano depois a marca
Talbot Simca, mas o segundo nome era extinto em meados de 1980,
passando-se a apenas Talbot. Na Europa o carro enfrentava problemas
com a qualidade: defeitos nos motores, ferrugem precoce e o uso de
materiais plásticos de mau acabamento eram queixas comuns entre seus
proprietários. Outras críticas diziam respeito à direção, com
esterçamento muito limitado e grande diâmetro de giro. |
Um filhote interessante do Horizon: o picape Plymouth Scamp, de estilo esportivo, que usava suspensão traseira própria |
Nos EUA, o ciclo de alterações foi outro. Em 1979 chegava um modelo de
três portas e perfil mais esportivo, chamado Omni 024 ou Horizon TC3,
conforme a marca. Três anos depois vinha um picape, o Rampage (na
Dodge) ou Scamp (na Plymouth), com carroceria
monobloco e suspensão traseira
própria, de eixo rígido e molas semi-elíticas. Na mesma época era
oferecido o acabamento Euro-Sedan para o cinco-portas de ambas as
marcas, com rodas de alumínio, pneus 175/70-13, instrumentos e volante
exclusivos, câmbio automático e suspensão mais firme. Um motor de 2,2
litros e 96 cv tornava-se opcional, mas na Califórnia as normas de
emissões mais rigorosas (que causavam perda de potência) levaram a sua
aplicação de série. Em 1983 o propulsor VW 1,7 era substituído por um
Peugeot 1,6. |
O cupê Dodge Charger acrescentou vitalidade à plataforma do Omni/Horizon, mas seu desempenho só agradou mesmo na versão Shelby com turbo e 146 cv |
Para 1985, a troca do carburador pela injeção eletrônica multiponto e
a adoção de turbocompressor levavam o Shelby a 146 cv, o que enfim
trazia um desempenho picante: máxima de 200 km/h, aceleração de 0 a 96
km/h em 7,8 segundos. Essa versão foi produzida até 1987. Outra opção
esportiva, mas de aspecto mais comportado, era o Dodge Omni GLH, o
cinco-portas com motor 2,2 carburado de 110 cv, feito de 1984 a 1986.
A sigla sugerida por Shelby, que também elaborou a versão, significava
goes like hell, algo como "anda como o demônio", mas essa
tradução nunca foi divulgada, por motivos óbvios... |
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