Por dentro via-se o volante de três raios e um painel extremamente simples — só um mostrador que indicava a carga das baterias. O único limpador de pára-brisa era acionado manualmente, por uma pequena manivela, e havia ainda uma espécie de escova para limpar o vidro do gelo acumulado. Era simples dirigi-lo, pois só tinha dois pedais. Ao pressionar o acelerador, o motorista acionava o motor através de duas resistências elétricas. Se pisasse leve, apenas uma delas entrava em ação; se acelerasse fundo, as duas respondiam e o pequeno motor elétrico se mostrava mais rigoroso. Para diminuir a velocidade ou para parar suavemente era só levantar o pé. |
O interior do VLV não poderia ser mais simples: um só instrumento no painel, limpador de pára-brisa, dois lugares que forçavam a intimidade dos ocupantes |
O
motor da marca Safi desenvolvia potência equivalente a 3,5 cv a 2.250
rpm. Sua velocidade final era de 30 km/h, obtida com quatro baterias
de 12 volts montadas em série, que ficavam na parte da frente e
somavam um peso de 160 kg. Abastecidas com água destilada nos
eletrólitos, forneciam 82 ampères por hora. Os freios eram acionados
por cabo e atuavam nas quatro rodas; os pneus semelhantes aos de
motonetas usavam a medida 270 x 90. |
As quatro baterias de 12 volts geravam potência de 3,5 cv, suficiente para levar o pequeno Peugeot à máxima de 30 km/h: bom para transporte urbano -- e com pouco peso |
A
transmissão era do tipo rosca sem-fim ligada a uma engrenagem
helicoidal e esta, por sua vez, transmitida às rodas por uma junta
elástica. Para dar marcha à ré acionava-se um botão no painel, que
comandava um inversor. Mas nem precisava: podia-se estacionar o
carrinho no braço, já que era tão leve. A suspensão dianteira tinha
feixes de molas e rodas independentes. Atrás, havia apenas uma mola no
centro do eixo, acoplada ao pequeno motor elétrico e à transmissão.
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