As
portas, com abertura inversa ao usual hoje (tipo suicida), não tinham
maçanetas externas. O pára-brisa era plano e nele se apoiavam
quebra-ventos fixos. Não tinha vidros laterais e a capota de lona era
de construção rústica, mas simples na montagem e desmontagem. Os
pára-choques estavam maiores e tinham protetores centrais. Por dentro
havia um volante de dois raios e um mostrador central com velocímetro,
marcador de combustível e termômetro de água. No banco inteiriço iam
dois ocupantes, que tinham de fazer certo contorcionismo para entrar
na cabine.
Em 1953 aparecia a versão 130 Sprint. Tinha 851 cm³ e 40 cv a 5.000
rpm no motor alimentado por um carburador de corpo duplo Solex. A
mecânica robusta e confiável o levava a 135 km/h — e podia ser
exigido, exibindo fôlego para acompanhar sedãs de gabarito superior.
Na caixa de quatro marchas, a primeira e a segunda não eram
sincronizadas. A alavanca ficava na
coluna de direção.
Sua suspensão dianteira era independente, com feixes de molas
semi-elíticas; atrás usava três barras de torção. A estabilidade era
muito boa e os pneus tinham medida 145-400. Era ágil e aderente em
curvas fechadas. Os freios a tambor nas quatro rodas, com assistência
hidráulica, poderiam ser mais eficazes, mas não causavam maiores
sustos diante do peso reduzido. Os potenciais concorrentes eram mais
caros: o DKW Sonderklasse, o MG TD, o Triumph TR2, o Moretti 750, o
Singer 1500 e o Volkswagen Cabrio (nosso Fusca em versão conversível).
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