O belo do Caribe

Estilo charmoso e elegante, interior luxuoso, potentes motores
de oito cilindros: a receita requintada do Packard Caribbean

Texto: Francis Castaings - Fotos: divulgação

Entre o final do século 19 e o principio do século passado, várias empresas de automóveis surgiam nos Estados Unidos e na Europa. Era uma época de intrépidos homens com máquinas audazes. Um deles foi o engenheiro mecânico americano James Ward Packard, que em 1899, junto com o irmão William, começava a fabricar automóveis de muita qualidade. Eram refinados, robustos e sempre inovadores.

Começou comprando um Winton feito em Cleveland. E teve apoio de Henry Joy, um importante homem ligado às ferrovias americanas, que investiu forte na nova empresa quando viu um Packard funcionar muito "redondo" numa feira de automóveis em Nova York, em 1901. Onze anos depois, o Packard V12 Twin-Six era um dos carros mais sofisticados dos Estados Unidos. Tratava-se de um torpedo, um modelo aberto com três bancos, sendo que o intermediário só era usado em condições excepcionais por ser fino e desconfortável. Os outros dois eram poltronas de primeira classe. A capota de lona ficava encolhida atrás e, abaixo dela, iam os dois pneus sobressalentes. O confronto com o Cadillac era direto.

Modelos de oito e 12 cilindros (este o caso do Twelve dos anos 30, como o conversível ao lado) fizeram a fama da Packard como produtora de carros de classe e com alto desempenho

Na década de 1920 os americanos de classe eram Peerles, Pierce-Arrow, Duesemberg e Rolls-Royce, marca que inclusive fazia seu Phantom I em Springfield, no estado de Massachusetts. Em 1930, o Packard Victoria exibia uma elegância ímpar. O cupê conversível reunia muito luxo e esportividade com seu motor de oito cilindros. Ainda nessa década, outros destaques eram a série Twelve, com 12 cilindros, e o Super Eight Convertible Sedan, de 1937, limusine aberta de grandes dimensões.

A esse tempo, a linha Packard era completa. O modelo Six oferecia uma ampla gama de carrocerias: sedã Club, sedã Touring (com traseira mais longa), cupê Touring (mais esportivo), cupê Business (mais sofisticado e com "banco de sogra"), cupê Sport e um belo conversível. Mas a concorrência dos três grandes — Ford, General Motors e Chrysler — também tinha fortes argumentos. Na década de 1940, com a Segunda Guerra Mundial, as marcas não fizeram muitos lançamentos, mas anos após o conflito os estilos começavam a mudar e os carros ficavam mais modernos.

O Clipper, lançado na linha 1953, extraía 165 cv de um motor de oito cilindros em linha e seria a base para o conversível Caribbean (que aparece no alto, em um modelo 1955)

Em 1951 a linha Packard se renovava com a elegante linha 200/300. O sedã 200 Club de quatro portas tinha um motor de oito cilindros em linha, válvulas laterais e 327 pol³ (5,35 litros), com caixa manual de três marchas mais sobremarcha ou automática com duas marchas. Já vinha com pneus radiais. Um ano depois a empresa se associava à Studebaker para juntar forças, o que não traria muitos frutos. Outra variação era o Packard Clipper, lançado para 1953. Também com o motor 327, desenvolvia potência bruta de 165 cv. Era veloz e atraente. Com base neste modelo era lançada a versão cupê conversível, denominada Caribbean. Continua

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Data de publicação: 31/1/06

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