O carro alcançava 145 km/h com câmbio manual de quatro marchas e 140 com o automático de três, o mesmo usado no Typ 3. Se dotado de caixa manual, a embreagem trazia comando hidráulico, um requinte. Outra evolução importante estava nas suspensões. A dianteira adotava o conceito McPherson, como em nossa Variant II, o que poupava espaço e abria mais lugar para o porta-malas. Na traseira, o sistema de braços semi-arrastados desenvolvido pela Porsche era praticamente o mesmo tipo do 911 da época, mas simplificado. Ambas usavam molas helicoidais em vez de barras de torção. |
Em acabamento, espaço e oferta de opcionais, o Typ 4 estava bem acima do habitual nos Volkswagens; seu aquecimento interno funcionava mesmo com motor desligado |
O
trabalho da engenharia da empresa de Stuttgart ficava demonstrado no
comportamento dinâmico mais seguro do 411, que — apesar do motor e
tração traseiros — subesterçava (saía de frente) nas curvas.
Contribuía para isso o longo balanço
dianteiro, pois a distribuição de peso ficava mais equilibrada, com
45% à frente e 55% atrás. Os freios tinham duplo circuito hidráulico,
os dianteiros eram a disco e a direção usava esferas recirculantes,
comuns em carros de luxo. Os pneus radiais em medida 155 R 15 vinham
de série. A bateria, curiosamente, ficava abaixo do banco do
motorista. |
A frente baixa, parecida com a dos modelos nacionais, surgiu em 1972 no modelo 412, que logo ganharia motor de 1,8 litro; estes pára-choques foram usados no mercado americano |
A
semelhança visual com modelos brasileiros acentuava-se em agosto de
1972, em que uma reestilização deixava a frente mais baixa, parecida
com as que veríamos no Brasília e na Variant II. Era o modelo 412, que
vinha ainda com freios mais eficientes e suspensão com estabilizador
mais grosso. Passado mais um ano, o motor crescia para 1.795 cm³ (93 x
66 mm) na versão LS e, embora retornasse aos dois carburadores,
fornecia 85 cv, para chegar a 160 km/h. A aceleração de 0 a 100 km/h
baixava de 15 para 13 segundos. |
O Typ 4 (na foto a perua Variant) foi o último projeto da VW alemã com motor traseiro e refrigerado a ar
Foi o último projeto da marca, na Europa, com a clássica concepção de
motor traseiro "a ar". Em 1974 saía de produção, sendo substituído de
certo modo pelo Passat,
lançado um ano antes. A "era do ar" estava acabando por lá, ainda que
o Fusca alemão fosse durar mais três anos. Por outro lado, o motor do
412 seria usado por bom tempo na Kombi, de 1972 a 1979, e em sua
sucessora Vanagon (com refrigeração a ar até 1983 e a água até 1991). |
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