Um novo Ambassador, de linhas aerodinâmicas, chegava em 1939. Desenhado por George Walker e Don Mortrude, tinha os faróis integrados aos pára-lamas, em vez de pendurados ao lado do capô. Para as más línguas, porém, ele parecia uma banheira virada para baixo... Estava disponível nas versões Six (com um seis-em-linha de 234 pol³, 3,85 litros, e 112 cv) e Eight, com desenho frontal — capô e pára-lamas — diferente conforme o motor utilizado.

A grade que ia de um lado a outro da frente era novidade no Ambassador 1942, que voltou ao mercado quatro anos depois sem alterações de estilo; a versão Suburban tinha laterais de madeira

Dois anos depois o modelo perdia sua identidade: toda a linha Nash ganhava a antes pomposa designação, com duas opções de entreeixos — 2,84 e 3,08 m. O Ambassador 600, primeiro carro popular nos Estados Unidos com estrutura monobloco, usava um motor menor: seis cilindros, 172 pol³ (2,8 litros) e 82 cv. Em toda a linha a grade circundava a frente, ligando as caixas de roda de um lado e de outro. Então veio o conflito e a produção foi interrompida.

O retorno ao mercado acontecia em 1946, mas só três anos depois chegava uma nova geração, com estilo ainda mais fluido e aerodinâmico, chamada de Airflyte. O pára-brisa tornava-se inteiriço e as rodas parcialmente encobertas mostravam a preocupação em reduzir a resistência ao ar — que era, segundo a marca, 20% menor que a dos concorrentes. Os bancos dianteiros totalmente reclináveis podiam servir de cama e um mostrador em forma de copo sobre a coluna de direção, chamado de Uniscope, reunia os instrumentos do painel.

A série Airflyte, de 1949: pára-brisa inteiriço, rodas semicobertas, notável aerodinâmica

O câmbio de três marchas, por meio de um overdrive automático, passava a uma relação mais longa — como se fosse a quarta marcha — a certa velocidade, reduzindo à terceira conforme a pressão no acelerador. Disponível apenas como sedã de duas ou quatro portas, com os mesmos motores de seis e oito cilindros, esse Ambassador teve boa resposta do mercado. Charles Nash, porém, havia falecido no ano anterior. Uma nova remodelação vinha em 1953, com a adoção de pára-lamas dianteiros mais altos que o capô e de vidro traseiro envolvente.

O Ambassador agora oferecia ar-condicionado. Montado junto ao motor, o sistema era muito mais compacto e acessível que os da concorrência e podia trabalhar com ar externo ou em recirculação. O item, que o Packard de 1940 introduziu na indústria automobilística, era oferecido à época em poucos carros americanos, com grandes e pesados sistemas que tomavam um bom espaço do porta-malas. No ano seguinte a trajetória da empresa chegava à terceira fase, em que sua fusão com a Hudson Motor Car Company dava origem à American Motors Corporation (AMC). George W. Mason entendia que o caminho para a nova empresa era a popularização, por meio de carros compactos.

Em 1953 o Ambassador ganhava pára-lamas dianteiros mais altos que o capô; o primeiro motor V8 no modelo viria dois anos depois

O Ambassador 1955 trazia poucas novidades estéticas, em um tempo de acelerada renovação de estilos pela indústria americana — em muitos automóveis não havia dois anos-modelo iguais, tal a exigência do consumidor de ter um carro novo que realmente parecesse novo. Mas, além do seis-cilindros de 253 pol³ (4,15 litros) e 132 cv, estava disponível um vigoroso V8 de 322 pol³ (5,3 litros) e 208 cv, com câmbio automático Ultramatic.

Com a morte de Mason logo após a criação da AMC, seu sucessor George Romney passou a priorizar a marca Rambler e decidiu eliminar a Hudson e a Nash, que deixavam o mercado ao final de 1957. Nesse último ano a AMC adotava o próprioo motor V8, com 327 pol³ (5,35 litros) e 255 cv. Uma enorme grade tomava conta da frente, ladeada por quatro faróis. Embora o nome Ambassador tenha sido usado até 1974 no topo de linha da AMC, a história do modelo original encerrava-se por ali.

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