O
capô e os pára-lamas faziam uma só peça, abrindo-se para frente. Bom
para acesso à manutenção do motor, também lhe conferia um charme à
parte. Neste ainda havia uma entrada de ar em forma de triângulo
próxima ao pára-brisa, formado por vidros separados. Mais duas
entradas de ar nada discretas, de cada lado dos pára-lamas, pareciam
mais uma grelha culinária. O belo esportivo era compacto: media 4,12
metros de comprimento, 1,65 m de largura, 1,35 m de altura e 2,52 m
de distância entre eixos. Seus rivais ingleses na época eram o
Jaguar XK 120 e o
Bristol 402.
Por dentro o DB2 era muito bem-acabado. Nas extremidades do painel,
revestido em madeira de ótima qualidade, havia dois compartimentos
que serviam de porta-luvas. Ao centro, três grandes instrumentos:
velocímetro à esquerda com relógio inserido, conta-giros à direita e
ao centro outro grande mostrador que unia temperatura, nível de
gasolina, pressão de óleo e amperímetro. O belo volante de três
raios também tinha acabamento em madeira.
Sob o capô estava um motor com seis cilindros em linha, todo em
ferro fundido, com cilindrada de 2.580 cm³ e duplo comando de
válvulas no cabeçote, alimentado por dois carburadores da marca SU.
Entregava a potência de 100 cv a 5.000 rpm e o torque máximo de 17
m.kgf a 3.100 rpm. A tração era traseira e contava com câmbio manual
de quatro marchas. Com carroceria em alumínio e chassi tubular em
aço, o carro pesava 1.150 kg e alcançava velocidade máxima de 165
km/h. O DB2 tinha suspensão dianteira independente, com braços
arrastados, e atrás eixo rígido com barras tipo Panhard, sempre com
molas helicoidais. Usava pneus dianteiros na medida 5,75-16 e
traseiros 6,00-16, com belas rodas raiadas de cubo rápido, como era
comum nos esportivos ingleses da época. Seus quatro freios eram a
tambor, da marca Girling, com comando hidráulico.
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