Um ano após o fim do conflito, em 1946, a marca britânica retomava a produção civil do Super Snipe. O Mark I — forma como os ingleses costumam batizar as gerações de seus modelos — era uma versão aumentada do Humber Hawk de 1945, ainda com desenho pré-guerra e o motor de 4,1 litros e 100 cv. Para 1948 a carroceria era atualizada (Mark II), com novas luzes de direção e maior cobertura nas rodas traseiras. Alguns cupês foram produzidos pela Tickford em 1949 e 1950. Neste último ano aparecia o Mark III, sem grandes alterações de estilo ou mecânica. |
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Atualizado para os anos 50, o
Mark IV integrava os pára-lamas à carroceria e adotava novo motor com válvulas no cabeçote e 117 cv |
Outra atualização, o Mark IV, apareceu em 1952 como versão do Hawk
Mark IV, de dois anos antes. Agora os pára-lamas estavam mais
incorporados à carroceria, que seguia o formato de três volumes. O
teto costumava vir em cor diferente do restante. Seu entreeixos
crescia para 2,94 m e o comprimento batia na casa dos cinco metros. O
peso era de 1.755 kg. O novo motor de seis cilindros, com válvulas no
cabeçote (comando ainda no bloco), possuía 4.138 cm³ de cilindrada e
era baseado na unidade do caminhão Commer. Desenvolvia a potência de
117 cv a 3.600 rpm e o torque máximo de bons 29,2 m.kgf a baixas 1.400
rpm. Em 1955 um câmbio com overdrive
estava disponível, assim como uma caixa automática no ano seguinte. |
Construção monobloco, pára-brisa envolvente: novidades do Super Snipe I de 1958, cujo motor passava a ser de 2,6 litros e crescia no ano seguinte para 3,0 litros |
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Um
ano depois o propulsor crescia para 3,0 litros (exatos 2.966 cm³) e,
associado aos freios a disco nas rodas dianteiras, inaugurava a série
II do Super Snipe. Fornecia 123 cv a 4.800 rpm e 22,3 m.kgf a 1.800
rpm. Com ele, o carro atingia 152 km/h. Se por um lado o motor
diminuía de cilindrada e perdia torque, por outro seus traços estavam
mais belos. Faróis arredondados davam charme e imponência à frente do
modelo, que ganhava também uma ampla grade logo abaixo que invadia a
lateral. O pára-brisa era envolvente e o vidro traseiro tinha altura
reduzida. Completava o conjunto uma traseira alta, com lanternas
verticais afiladas e discretas. Suas linhas lembravam muito as do
Checker Marathon, o mais conhecido táxi
de Nova York. |
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Quatro faróis, grade
envolvente, direção assistida, dois carburadores: as últimas evoluções do Super Snipe estavam presentes neste modelo 1963 |
O Super Snipe cresceu, amadureceu e modernizou-se diante da concorrência, além de oferecer desempenho interessante para o segmento e acabamento esmerado. Tinha semelhanças com os modelos americanos dos anos 50, mas sucumbiu em julho de 1967 quando o Grupo Rootes, do qual fazia parte a Humber, já estava sob controle da Chrysler. |
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