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Solução dos anos 1930 em plena atividade: o simples e eficiente eixo traseiro de torção, sempre usado com molas helicoidais

Entre os automóveis nacionais, o eixo de torção equipa os Chevrolets de tração dianteira, exceto Vectra; todos os Volkswagens; os Fords, exceto EcoSport 4WD (e o Focus, que é argentino); e ainda Fiats Palio e Siena, Renault Clio, Toyota Corolla e Fielder, Honda Fit e Citroën C3.

Lançado aqui em 1974 com o Passat, o eixo de torção costuma ter a forma de um "H", visto de cima, em que os traços verticais da letra correspondem aos braços (fixados à estrutura do veículo, na parte dianteira, e às rodas na parte traseira), e o traço horizontal, ao eixo em si. Sobre os braços estão montados as molas helicoidais e os amortecedores (concêntricos ou não), sendo possível também usar barras de torção, como no Citroën 7/11 citado.

Quando uma roda sofre um impacto, o eixo se torce e parte do impacto é absorvida, reduzindo sua transmissão à roda oposta. Por isso há quem o defina como semi-independente ou interdependente, mas o BCWS rejeita estas imprecisas definições.

As molas helicoidais são as mais usadas em eixos de torção, podendo ser concêntricas aos amortecedores ou não, como no Fiesta

Esse conceito de suspensão, aplicável apenas à traseira e em carros de tração dianteira (não há como transmitir tração com ele), tem baixo custo de produção e não requer alinhamento por toda a vida útil. Sua maior limitação é o fato de levar as rodas a acompanhar em parte a rolagem em curvas, gerando cambagem positiva na roda externa, o que pode levar à saída de traseira.

Em princípio, a possibilidade de se torcer torna esse eixo um grande estabilizador, dispensando esta barra em muitos casos. Todavia, o fabricante pode adicioná-lo caso deseje maior resistência à rolagem, como no Gol GTI 16V, o único da linha a usá-lo na traseira. O estabilizador pode vir acoplado ao eixo de torção ou contido em seu interior, como em alguns Corsas antigos.

Braços sobrepostos

Talvez o mais antigo sistema de suspensão independente, permanece em uso em muitos modelos (alguns notáveis) por causa de uma grande virtude: a possibilidade de controle perfeito da posição da roda por todo o curso da suspensão, inclusive compensando os efeitos da rolagem. É chamado de double wishbone em inglês.

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Na suspensão traseira do Acura RSX da Honda americana, os braços sobrepostos, que permanecem em uso em carros notáveis

Consiste em dois braços de comprimentos desiguais (o inferior mais longo), triangulares ou não, montados em planos sobrepostos — daí o nome. Esses braços no Brasil são conhecidos por bandejas, nome que o BCWS prefere não usar. O superior geralmente é um pouco inclinado para o centro do veículo, parte do processo de compensar a rolagem nas curvas, mantendo a roda externa na vertical.

A mola helicoidal e o amortecedor, concêntricos, são em geral instalados entre o braço inferior e um apoio mais acima, passando através do braço superior. Outra montagem é sobre o braço superior, mas nesse caso a suspensão se torna muito volumosa (foi usada no Corcel, Maverick e Mustang, o que levou muitos a pensar que fosse McPherson). É possível também usar barras de torção longitudinais, comuns hoje em utilitários, mas já empregadas nos Dodges de motor V8. Continua

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