Até o controle de estabilidade VDC (controle dinâmico do veículo) permite "provocar" ligeira saída de frente ou de traseira nas curvas, por meio do volante e do acelerador, antes que intervenha. Os freios são superlativos, com grandes discos, sistema antitravamento (ABS) e distribuição eletrônica de pressão entre os eixos (EBD), mas o carro exige paciência em lombadas e valetas, para evitar choques da frente com o solo. Embora o rodar esteja longe de ser confortável, transmite menos as irregularidades que o 156 V6 (leia avaliação).

O rodar não é confortável e a frente raspa com facilidade ao transpor lombadas, mas
o comportamento dinâmico compensa isso: um carro divertido e muito seguro

O carro avaliado usava pneus 205/55-16, medida acertada para nossas vias. Os opcionais 215/45-17 (direcionais) acentuam a aderência, mas prejudicam o conforto e se tornam vulneráveis a buracos. Quanto à segurança passiva, o 147 vem de série com bolsas infláveis frontais (a do passageiro pode ser desativada), laterais e de janela, além de quatro cintos de três pontos -- o central traseiro é opcional.

Quanto custa tudo isso? Vendido entre R$ 97.200 e R$ 116.000, de acordo com os opcionais, o 147 é caro, mas praticamente não tem competidores. O Audi A3 1,8 turbo, de 180 cv e câmbio Tiptronic, começa em R$ 71.400 mas não oferece a mesma exclusividade. O S3, de 225 cv e tração integral, já passa a R$ 140.800. E nenhum traz o sabor de usar um câmbio manual automatizado, no melhor estilo de Ferraris e Maseratis.

Praticamente sem adversários: o preço fica entre o A3 nacional de 180 cv e o S3
importado de 225 cv, tornando atraente esse italiano de belas linhas e câmbio inovador