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Com ajustes de altura do banco (também para o passageiro) e altura e profundidade do volante, encontra-se boa posição para dirigir o Bora, apesar do acelerador muito próximo em comparação ao pedal de embreagem. Há um apoio de braço central, que deve ser recolhido para uso do freio de estacionamento. O volante é um impecável quatro-raios e existe um apoio bem definido para o pé esquerdo, ambos típicos dos bons carros alemães.

Clique para ampliar a imagem Apesar do revestimento aveludado escuro, quente demais para o Brasil, o interior é bem projetado e agradável. Volante de quatro raios, maçanetas cromadas e retrovisor esquerdo com lente biconvexa são itens positivos

Bons detalhes, aliás, estão por toda parte (veja lista). Apesar de tantas conveniências, o Bora não é um expoente em espaço, em parte pelo entreeixos curto para sua categoria -- Focus e Astra medem 10 cm a mais. O compartimento traseiro é algo apertado, o assento tem pouca profundidade (5 cm menos que um Focus) e o passageiro central, além de ficar alto e desconfortável, incomoda os das laterais. Em contrapartida o porta-malas é amplo, para 455 litros.

Rotações de sobra   O motor 2,0 do Bora é similar ao utilizado no Gol e no Santana, mas com fluxo cruzado (saiba mais sobre técnica). Como é comum nos oito-válvulas, seu forte é o torque em baixas rotações: 17,3 m.kgf a apenas 2.200 rpm. Pode-se dirigi-lo abaixo de 3.000 rpm na cidade quase o tempo todo com boa agilidade. Na estrada, porém, nota-se que o escalonamento de marchas está curto demais: o motor ultrapassa a rotação de potência máxima (5.200 rpm) em quinta marcha, chegando a 5.800 rpm na velocidade final.

O câmbio curto demais, chegando a 5.800 rpm à velocidade máxima, e a facilidade com que se bate o protetor de cárter ao passar por lombadas são dois inconvenientes do carro que a VW deveria corrigir
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Além disso, como o carro tem bom torque, o regime de quase 3.600 rpm a 120 km/h, por exemplo, é mais alto do que o necessário para sustentar e retomar velocidade com rapidez. Um alongamento de cerca de 9% no diferencial ou, melhor ainda, o uso de câmbio 4+E (com quinta de economia; saiba mais), como o do Focus, seriam bem-vindos para esse 2,0-litros bem disposto, trazendo menor nível de ruído e consumo ainda melhor.

Os índices de desempenho declarados pela VW são bons, mas não entusiasmam: velocidade máxima de 195 km/h (Focus e Astra 2,0 16V chegam a 205 e 203 km/h, nesta ordem) e aceleração de 0 a 100 km/h em 10,5 s (9,8 e 9,1 s nos concorrentes, na mesma ordem). O mesmo vale para o consumo urbano, 9,1 km/l de acordo com a VW, contra 9,6 do Ford e 9,4 do GM. Já o índice em rodovia melhora para 16,1 km/l, empatando com o Astra e deixando o Focus (14,2 km/l) para trás.

Como nas gerações anteriores, o aspecto frontal é bem diferente do Golf, com faróis mais retilíneos. Mas neste caso houve perda de eficiência, pois os do Bora não utilizam duplo refletor

À parte essas questões, dirigir o Bora é muito agradável. O câmbio é suave, a embreagem leve e a direção tem peso exato em qualquer velocidade. Os grandes freios a disco, dotados de sistema antitravamento (ABS) e distribuição eletrônica de pressão entre os eixos (EBD), funcionam muito bem e o comportamento em curvas é tranqüilo e previsível, sem que a suspensão seja desconfortável. Continua

Detalhes que fazem diferença
Se há algo que cativa nos Volkswagens de origem européia, como Golf, Bora e Passat, é a abundância de detalhes práticos e bem pensados:

> controle elétrico dos vidros com função um-toque nos dianteiros, sensor antiesmagamento e temporizador (este é desativado ao abrir a porta, para evitar que uma criança deixada no veículo possa usar os comandos);
> luzes de cortesia nas portas dianteiras (já foram comuns, lembra-se?), de leitura na frente e atrás e de cortesia com apagamento gradual;
> retrovisor esquerdo biconvexo e ambos os externos azulados, para reduzir o ofuscamento;
> abertura e fechamento dos vidros pela fechadura externa;
> temporizador ajustável do limpador de pára-brisa;
> alças de teto (até para o motorista) com retorno suave;
> travamento automático das portas a 20 km/h e destravamento em dois estágios (só a do motorista ao primeiro toque no botão);
> sistema de áudio que desliga junto da ignição, mas pode ser ligado sem a chave;
> porta-copos escamoteável no painel;
> pára-brisa com faixa degradê em tom cinza-claro, quase imperceptível mas eficiente na proteção solar;
> maçanetas internas cromadas, fáceis de encontrar à noite;
> pára-sóis com espelhos e iluminação automática ao se abrirem suas tampas;
> mini-pára-sol acima do retrovisor interno;
> tomada de energia de 12V e rede para reter objetos na lateral no porta-malas;
> dobradiças de sua tampa do tipo pantográfico, para grande ângulo de abertura, e externas, que dispensam a reserva de espaço em meio à bagagem;
> banco traseiro bipartido, incluindo assento, e com tranca a chave de seu rebatimento;
> comandos de abertura do porta-malas e do bocal de abastecimento na porta do motorista, também com travamento a chave (uma vez trancado, o porta-malas não pode mesmo ser acessado sem chave);
> capô sustentado por mola a gás e com lingüeta que sai pela grade, evitando sujar as mãos à procura da trava.

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