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Curso longo   Aberto o capô, nova sensação de velhos conhecidos: ambos os motores mantêm a aparência tradicional dos oito-válvulas da chamada Família I da GM -- 16 válvulas, agora, só nos Família II de 2,0 e 2,2 litros. O 1,0 recebeu pistões e anéis de menor atrito e uma taxa de compressão elevadíssima (12,6:1, mais que em muito motor a álcool), possível pela avançada central eletrônica e pelo sensor de detonação, antes inexistente.


No banco traseiro, mais espaço para pernas. As portas se travam ao rodar e há
botão no console para destravá-las. No teto, um porta-óculos opcional

O resultado são 71 cv (11 cv a mais que o antigo oito-válvulas e 3 cv a mais que no 16V), obtidos a elevados 6.400 rpm, e torque máximo de 8,8 m.kgf a 3.000 rpm (no 16V eram 9,2 m.kgf a 4.000 rpm). Ficou mais potente que os 16V da Fiat e Peugeot/Renault, mas perde para eles em torque. A GM anuncia velocidade máxima (157 km/h) e aceleração de 0 a 100 (15,5 s) próximas às do Celta de 60 cv, enquanto o consumo decepciona: 12,3 km/l em cidade e 16,6 km/l em estrada, piores que no Corsa antigo.

Para o 1,8 a GM optou por outra solução: com base no 1,6 que sai de linha, aumentou o diâmetro e o curso dos pistões, de 79 x 81,5 mm para 80,5 x 88,2 mm. O curso bem longo privilegia o torque, que chegou a ótimos 16,8 m.kgf a apenas 2.800 rpm (no Astra 1,8 eram 15,8 m.kgf a 4.800 rpm), mas traz um contraponto: como o comprimento das bielas se mantém em 129 mm, a relação r/l -- já não muito boa no 1,6 -- foi para 0,339, uma das piores já vistas.

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O conforto ao rodar melhorou com o subchassi na suspensão dianteira. À direita,
o Corsa Sedan embelezado pelos acessórios à venda em concessionárias

O resultado é um funcionamento mais áspero do que seria desejável. A potência do 1,8 fica em 102 cv a 5.200 rpm, a mesma do extinto 1,6 16V, embora o GSi chegasse a 108 cv. Com o uso de relações de marcha longas e espaçadas, a máxima (179 km/h, declarada) é obtida em quarta e a quinta permite trafegar em baixo regime, com agradável silêncio. Ponto para a GM.

O 1,8 vai de 0 a 100 em 10,9 s, boa marca, e não consome muito mais que o motor menor: 11 km/l na cidade e 16,5 km/l na estrada, sempre de acordo com a GM. Mas também perde para o 1,6 oito-válvulas do modelo anterior, que obtém 12,4 e 17,8 km/l, na ordem.

Além dos motores, o Corsa traz boas novidades por baixo. A suspensão mantém o esquema tradicional, mas a dianteira recebeu enfim um subchassi, que melhora muito a absorção de irregularidades e fazia falta no anterior. Os pedais adotam o sistema de liberação em caso de colisão, primazia da GM lançada no Vectra. Por último, mas não menos importante, há opção de embreagem automática para o motor 1,0.

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O motor de 71 cv perde em torque para os 16V da concorrência. No sedã, mais
pesado, seu desempenho fica prejudicado -- vale a pena pagar mais pelo 1,8 

Causa surpresa que a GM adote um sistema que a Fiat desistiu de oferecer no Palio, mas o BCWS acredita que, devidamente divulgado, ele venha a conquistar muitos adeptos. Mantendo o câmbio manual, não prejudica desempenho e consumo; eliminando o pedal de embreagem, facilita a condução e traz mais conforto em congestionamentos. O sistema funciona muito bem e inclui mostrador digital de marcha no painel. Continua

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