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O sistema, do tipo Roots e produzido pela Eaton brasileira, é composto por dois rotores com três lóbulos espiralados, que atingem até 14.000 rpm, e inclui um resfriador de ar (intercooler). Para recebê-lo o motor foi amplamente reforçado, teve a taxa de compressão reduzida (para 8,2:1) e recebeu sensor de detonação. A pressão de superalimentação chega a 0,9 kg/cm2, no regime de maior potência, sendo próxima a 0,3 já a 1.000 rpm. A Ford declara velocidade final de 176 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em 13,3 s, marcas semelhantes às do 1,6 (veja mais adiante).

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Inovação: com um compressor mecânico, o Zetec Rocam de 1,0 litro atinge 95 cv e bom torque, quase tanto quanto no 1,6 de aspiração natural. Os demais motores receberam pequenas mudanças, ganhando entre 1 e 3 cv

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O novo motor é mais econômico que o 1,6 na cidade, mas perde na estrada (veja os números), em parte devido ao uso de relações de marcha curtas. A Ford optou por marchas e diferencial mais curtos que os daquele motor. Assim, a 120 km/h trabalha a mais de 4.000 rpm, o que também afeta o nível de ruído e o conforto.

Os demais motores foram apenas recalibrados, com novo sistema de admissão de ar e módulo eletrônico de comando. O 1,0 de aspiração natural passou de 65 para 66 cv de potência, com o regime de torque máximo baixando de 3.250 para 2.750 rpm. Em um carro 60 kg mais pesado, porém, o desempenho diminuiu: a máxima baixou de 155 para 150 km/h e a aceleração de 0 a 100, feita em 16,4 s no antigo Fiesta, agora requer 18,2 s. 

No 1,6 há agora sensor de detonação e jatos de óleo para refrigeração dos pistões, mas a taxa de compressão não foi aumentada. As vantagens são poder-se usar curva de avanço de ignição mais ousada e -- coisas de Brasil -- não haver tanta sensibilidade às freqüentes variações de percentagem de álcool na gasolina.

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A estrutura está bem mais rígida e há mudanças na suspensão, para maior
conforto e estabilidade. A versão 1,0 (esquerda) perdeu em desempenho e consumo

A potência cresceu de 95 para 98 cv e o torque de 14,11 para 14,37 m.kgf, só que seu regime passou de 2.250 para elevados 4.250 rpm. Ainda assim, a Ford declara haver 10% mais força em regimes intermediários. Também nele houve perda em desempenho: de 178 para 174 km/h de máxima, e de 10,9 s para 12,9 s na aceleração de 0 a 100, esta uma piora sensível.

O consumo aumentou nos dois motores que permanecem. O 1,0 antigo fazia 13,5 km/l na cidade e 18,5 km/l na estrada; o novo, 12,8 e 16,9 km/l. Para o 1,6, os números eram de 12,7 e 17,2 km/l, na ordem; passaram a 11,5 e 16 km/l.

A transmissão adotou seleção das marchas por cabos em vez de varões, para maior maciez e precisão, e a embreagem continua com comando hidráulico, que seu antecessor introduziu na categoria em 1996. As novas suspensões mantêm o conceito McPherson/eixo de torção (com subchassi na frente), mas agora há molas dianteiras do tipo carga lateral e batente hidráulico nesses amortecedores, o que acaba com os ruídos em lombadas. Novos pneus Pirelli P4 foram desenvolvidos para o carro.

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O Supercharger tem equipamento de série, consumo e velocidade máxima
próximos aos do 1,6-litro, mas custa R$ 2 mil a menos: certamente fará sucesso

Os freios são a disco ventilado à frente (exceto no 1,0 aspirado) e podem ter, enfim, ABS e distribuição eletrônica de pressão entre os eixos (EBD). A assistência da direção é apenas hidráulica, que a Ford alega ter "sensibilidade superior e características mais precisas de resposta linear" que a eletroidráulica lançada no novo Polo. A carroceria é 174% mais resistente à flexão e 65% mais rígida à torção que a anterior, havendo uma barra de amarração entre as torres da suspensão dianteira.

O BCWS avaliou as três versões. O 1,0 aspirado não deixa dúvidas da perda de desempenho, mas tem boas qualidades de rodagem e comportamento dinâmico dos melhores. Um destaque é a alavanca de câmbio bem alta, de fácil alcance da mão. No Supercharger a agilidade é bem maior, mas só acima de 1.500 ou 2.000 rpm: ao sair devagar a sensação é típica de motor 1,0-litro. Quem fizer questão de respostas mais ágeis e de menor ruído em estrada (a 120 km/h são 3.500 rpm) terá mesmo de pagar pelo 1,6, para nós o mais agradável. Continua

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