Best Cars Web Site

Brava com todas as letras

Motor de 1,75 litro do Marea muda o caráter do
Brava: nova versão HGT tem 132 cv e vai a 200 km/h

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

Se você é um dos que não comprariam o Brava 1,6-litro pelo desempenho inferior ao dos numerosos concorrentes da faixa 110-128 cv (versões do Astra, Golf, Escort, Civic, Xsara e outros), já pode ir repensando sua posição. Único site automobilístico convidado a seu lançamento, em Belo Horizonte, MG, o Best Cars experimentou a nova versão HGT do hatch médio-pequeno da Fiat, com motor de 1,75 litro, 16 válvulas e 132 cv.

Clique para ampliar a imagem Clique para ampliar a imagem

Detalhes sutis e de bom gosto -- com possível exceção da grade em grafite
-- adornam a carroceria do Brava, ainda atual apesar dos cinco anos de Europa

Comercialmente arredondado para 1,8 litro (são precisamente 1.747 cm3), é o mesmo propulsor adotado na linha 2000 do Marea SX. Assim como no Marea desde janeiro, no Brava desenvolve 5 cv a mais que a versão inicial (leia avaliação completa da Marea Weekend SX) por conta de um remapeamento eletrônico que não teve efeitos sobre o torque máximo. A razão é a extinção do incoerente "degrau" tributário que havia ao se superar a marca de 127 hp (saiba mais).

Certamente para evitar conflito de mercado com a versão 1,6, que permanecerá respondendo por 85% da produção, a Fiat optou por lançar o Brava mais potente num pacote esportivo, recorrendo à sigla HGT que na Itália identifica o Bravo (modelo de três portas com perfil distinto) de cinco cilindros, dois litros, 20 válvulas e 147 cv. Órgãos de imprensa insistem em reivindicar este motor para o Brava nacional, mas é evidente que haveria pequena demanda em função do custo elevado.

A grade é agressiva mas lembra uma decoração do passado. Rodas de 15 pol recebem pneus 195/55 e os faróis são os do Marea de topo, mais elaborados
O HGT tupiniquim custa R$ 33.950 e traz de série ar-condicionado automático, toca-CD, imobilizador, rodas de alumínio, destravamento das portas em caso de acidente, pára-brisa degradê -- até quando a Fiat o reservará a versões de topo? --, controles elétricos de vidros dianteiros (traseiros opcionais) com função um-toque e temporizador, pretensionadores dos cintos dianteiros e cinco encostos de cabeça, entre outros.

Os opcionais são bolsas infláveis frontais e laterais (estas incluem ajustes elétricos de altura e apoio lombar do banco, sendo os manuais também cobrados à parte), alarme, freios antitravamento (ABS) e banco traseiro bipartido.

Spoiler traseiro é discreto e de bom gosto. As lanternas em três segmentos continuam agregando personalidade ao estilo do Brava

As modificações estéticas não são extensas, mas surtem bom resultado: rodas de 15 pol com pneus 195/55 (mais baixos que os do Marea, mantendo o diâmetro aproximado dos de 14 pol), grade em tom grafite, spoiler na base do vidro traseiro e faróis do Marea ELX/HLX, com refletor de superfície complexa para o facho alto e superelipsoidal para o baixo, além de faróis e lanterna traseira para neblina. O detalhe mais discutível é a grade, que lembra um tempo em que tons escuros -- e não componentes na cor da carroceria -- eram associados a esportividade.

De esportivo, porém, o interior não tem nada. Mudam apenas o revestimento dos bancos, o mesmo do Marea Turbo, aveludado e de bom gosto; e o volante, de quatro raios em vez de três. A Fiat poderia adotar volante revestido em couro e até pedaleira de alumínio -- como na Palio Weekend Sport -- sem ofender o bom gosto ou encarecer muito a versão. Fica nossa sugestão. Continua

Avaliações - Página principal - e-mail

© Copyright 2000 - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados