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O aspirado mais potente

Empregado no roadster Barchetta italiano, o motor de 1,75 litro adota tecnologia moderna, com destaque para o coletor de admissão de geometria variável (saiba mais). Os 132 cv chegam a 6.500 rpm, podendo ser levado a cerca de 7.200 rpm com grande suavidade. Acelerar através das marchas, ouvindo o ronco esportivo do escapamento, funciona como verdadeira terapia. Números de fábrica, porém, são similares aos dos menos potentes Escort e Xsara (115 e 112 cv): velocidade máxima de 200 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em 9,5 segundos.



A Fiat economizou ousadia no interior. Bancos recebem acabamento aveludado como o do Marea Turbo, mas o volante poderia ter revestimento em couro e o painel ter modificações para acentuar o caráter esportivo

O torque chega em regime elevado, 16,7 kgf.m a 4.000 rpm, o que torna o HGT um pouco lento nas respostas de trânsito e retomadas em marcha longa. Não é um motor disposto desde baixos giros como os dois-litros de alguns concorrentes diretos, mas é o preço a pagar pela potência específica bem elevada para os padrões atuais: 75 cv/l. A propósito, na categoria 1,8-litro o motor Fiat é o aspirado mais potente do mercado -- e deve apenas 18 cv ao Golf/A3 com turbo e 20 válvulas.

Para compensar os pneus menores que os do Marea, com o qual partilha o câmbio, o HGT teve o diferencial alongado. Uma quinta marcha mais curta -- não em demasia -- permite retomadas mais firmes sem redução. Os freios são os mesmos das versões SX e ELX, com tambores na traseira. Discos seriam bem vindos.

Depois de uma resposta tímida, o motor sobe de giros com maciez e supera os 7.000 rpm com um ronco agradável: para quem gosta de acelerar
Para lidar com o acréscimo de 26 cv sobre o motor básico de 1,6 litro, a suspensão recebeu molas dianteiras do Marea SX e amortecedores recalibrados, sem redução na altura de rodagem, que permanece bem adequada a nossos pisos. Os pneus de perfil baixo e código de velocidade elevado (V, correspondente a 240 km/h) geram alguma aspereza de rodagem, mas o conjunto equilibra muito bem conforto e estabilidade. Os ligeiros balanços de traseira do primeiro Brava desapareceram, sem levar junto o conforto.

Bons concorrentes não faltam ao Brava HGT, mas curiosamente -- nessa faixa de preço -- nenhum associa potência elevada a estilo esportivo. O consumidor tinha de escolher entre o sóbrio Astra GLS 16V e os menos potentes Golf 2.0 Comfortline, Escort RS e Xsara VTS 1.8. Agora, com essa iniciativa, a Fiat atende aos pedidos de um Brava mais bravo, devendo ampliar sua fatia do disputado bolo dos médio-pequenos.

Coletor de admissão variável busca melhor torque em baixos regimes, mas não faz milagre em função da potência específica elevada: 75 cv/l
Ficha técnica
MOTOR - transversal, 4 cilindros em linha; duplo comando no cabeçote, 4 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 82 x 82,7 mm. Cilindrada: 1.747 cm3. Taxa de compressão: 10,3:1. Injeção multiponto seqüencial. Potência máxima: 132 cv a 6.500 rpm. Torque máximo: 16,7 m.kgf a 4.000 rpm.
CÂMBIO - manual; 5 marchas; tração dianteira.
FREIOS - dianteiros a disco ventilado; traseiros a tambor; antitravamento (opcional).
DIREÇÃO - de pinhão e cremalheira; assistência hidráulica; diâmetro de giro, 11,1 m.
SUSPENSÃO - dianteira, independente, McPherson, estabilizador; traseira, independente, braço arrastado, estabilizador.
RODAS - 6 x 15 pol.; pneus, 195/55 R 15V.
DIMENSÕES - comprimento, 4,187 m; largura, 1,741 m; altura, 1,413 m; entreeixos, 2,54 m; capacidade do tanque, 50 l; porta-malas, 370 l; peso, 1.200 kg.
Desempenho e consumo
DESEMPENHO - velocidade máxima, 200 km/h; aceleração de 0 a 100 km/h, 9,5 s. CONSUMO - em cidade, 10,1 km/l; em estrada, 15,2 km/l.
Dados do fabricante

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