Este Elegance foi o primeiro Classe A que avaliamos desde a introdução dos sistemas Tempomat (controlador automático de velocidade) e Speedtronic (limitador de velocidade), no modelo 2002. Comandados por uma alavanca adicional à esquerda do volante, às vezes confundida com a de luzes de direção, são fáceis de usar e muito eficientes.

A pequena alavanca próxima ao volante comanda o controlador de velocidade
e seu limitador, que impede ultrapassar o limite escolhido mesmo acelerando bem

O limitador não se resume a alertar sobre a ultrapassagem da velocidade pré-definida (de 30 km/h até a máxima) pelo motorista, como já existe até em carros simples como o Gol: efetivamente impede o excesso de velocidade, mesmo com grande pressão no acelerador -- a menos que se acelere a 100%, quando o sistema entende ser uma emergência e se desativa. Chega a ser curioso ver o carro desacelerando, mesmo com "pé embaixo", quando se ordena a redução da velocidade-limite pela alavanca. Um bom recurso para evitar multas por distração.

Como esportivo   Mas é com controlador e limitador desativados que o Classe A mostra sua melhor face. As respostas rápidas do motor de 1,9 litro e 125 cv, a firmeza da suspensão (que traz desconforto em pisos irregulares e lombadas, porém) e a posição de dirigir interessante, com um volante quase vertical que em nada lembra outros monovolumes, fazem do pequeno Mercedes um quase-esportivo.

Por dentro do A 190, posição de dirigir elevada, um painel essencial e o volante quase vertical, típico de carros alemães

Trechos sinuosos, com curvas fechadas, são seu melhor território: os largos pneus 195/55-15 agarram firme e a inclinação da carroceria é modesta, apesar de toda sua altura. Chega a ser desconcertante para quem espera ver a luz-piloto do controle de estabilidade (ESP) piscando desesperada no painel, indicando sua atuação: é preciso beirar a insanidade com o acelerador e o volante para que o sistema intervenha, o que indica um comportamento dinâmico bem melhor do que muitos esperariam. Continua