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Comportamento de esportivo    Apesar das qualidades do motor Zetec 16V, adotado desde o primeiro Mondeo, a Ford preferiu substituí-lo por uma nova geração, denominada Duratec HE, que se destaca pelas baixíssimas emissões poluentes -- a metade de um modelo de 1995. Na Europa há uma versão 1,8-litro de 125 cv, mas no Brasil chega apenas o 2,0 de 143 cv a 6.000 rpm, ganho de 13 cv sobre o anterior. O corte de rotação dá-se a 6.850 rpm, 350 rpm acima do início da faixa vermelha do conta-giros.

Embora mais pesado, o novo carro obtém agilidade com o moderno motor Duratec HE. Pena que a transmissão automática implique grande perda de desempenho
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É um motor suave, silencioso e com boa distribuição de torque (embora o máximo de 18,9 m.kgf apareça a altos 4.500 rpm), movendo o pesado Mondeo (1.414 kg) com agilidade mesmo sem exagerar no acelerador. A Ford divulga velocidade máxima de 190 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em 13,2 s, modestas em comparação ao de câmbio manual (214 km/h e 10,9 s; saiba mais). Ainda segundo o fabricante, o consumo em cidade é de 7,5 km/l e em estrada de 12,5 km/l, adequado ao segmento. Mas o tanque, que diminuiu em três litros, poderia ser maior.

A transmissão automática de quatro marchas é adaptativa e por isso não oferece seleção de programas de funcionamento. Suas mudanças ocorrem quando imaginado ou desejado, mas nem sempre são suaves. Na Europa já existe caixa com operação manual, estilo Tiptronic, mas apenas para o motor 2,5 V6. Foi possível dirigir também um Mondeo de câmbio manual, que traz marcha a ré sincronizada. O escalonamento de marchas é perfeito e em quinta a 120 km/h são 3.300 rpm, como apreciamos no BCWS (saiba mais). O comando é a cabo e dos melhores.

Clique para ampliar a imagem O Mondeo exibe sua mecânica: a suspensão traseira não é multibraço como o nome Quadralink faz supor, mas o comportamento dinâmico é dos melhores já vistos em carros familiares de tração dianteira

Onde o carro impressiona mesmo é no comportamento dinâmico. É tal a precisão da rápida direção que o veículo aparenta pesar menos do que na realidade. A Ford mais uma vez demonstra engenharia cuidadosa com esse aspecto, orientada para o motorista, o que já fizera do Focus a suspensão mais bem acertada do segmento de médio-pequenos. No Mondeo o rodar continua confortável (inclusive em lombadas, que são superadas sem problemas, havendo até mesmo batente hidráulico nos amortecedores), mas com uma firmeza que transmite sensações de robustez e estabilidade. Continua

Comentário técnico

> O novo Mondeo está bem dotado de pneus: antes simples 195/60-15, são agora 205/55-16 com banda de rodagem assimétrica, em que os gomos e sulcos são diferentes entre a metade externa e a interna. Trata-se de solução comum em grandes esportivos, que procura otimizar a aderência em curvas e a drenagem de água. Não foi possível dirigi-lo na chuva, mas os pneus dessa característica costumam produzir resultados excelentes.

> O conjunto de bolsas infláveis faz parte do chamado Sistema de Proteção Inteligente (IPS). Sensores avaliam a severidade de impactos frontais, a posição do motorista e se o assento do passageiro está ocupado, determinando se as bolsas (tanto frontais quanto laterais) devem abrir no primeiro estágio ou no segundo, em que a velocidade de disparo e o volume da bolsa são ampliados.

> Uma das novidades do Duratec HE sobre o Zetec que ele substitui é o bloco de alumínio. Material tradicionalmente usado para o cabeçote, traz vantagens de menor peso e maior dissipação de calor (o que pode ser aproveitado com maior taxa de compressão) em relação ao ferro fundido. Isso explica em parte o ganho de potência de 13 cv e de torque de 1 m.kgf, no caso das versões 2,0-litros.

> A explicação para a diferença de desempenho entre os câmbios manual e automático, que foge à média no Mondeo, está no equilíbrio entre a rotação de potência máxima e a velocidade final. Enquanto o manual chega a 6.000 rpm à velocidade máxima de 214 km/h, evidenciando cálculo exato, o automático não vai sequer a 5.000 rpm a 190 km/h.

> As suspensões são independentes de geometria McPherson na frente e atrás, com estabilizadores desacoplados (montados fora dos braços transversais). A Engenharia da Ford no Brasil adotou molas e amortecedores com maior carga que na Europa. A marca denomina a
traseira (na ilustração) Quadralink, levando a crer que se trate de suspensão multibraço. Este último conceito, contudo, já era utilizado na geração anterior na perua Mondeo SW. Havia nela um braço de controle superior, que falta aos sedãs (novo e antigo).

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