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O consumo declarado é correto, 10,5 km/l em cidade e 13,1 km/l em estrada, mas a marca deveria ampliar o tanque de combustível: com apenas 47 litros de capacidade, limita bastante a autonomia (fator de conforto e também de segurança, pois muitos assaltos ocorrem nas paradas em postos). No Neon anterior era ainda menor, 43 litros.

Em outros setores houve grande progresso, como nos freios: os traseiros passaram de tambores para discos e foram adotados, de série, sistemas antitravamento (ABS) e de distribuição de pressão entre os eixos (EBD). O resultado é dos melhores, com potência de sobra para frenagens mais fortes.

Dirigir o Neon desperta o desejo de compra, pela agilidade, comportamento dinâmico e modernidade do conjunto. Produzi-lo em Juiz de Fora, MG traria a redução de preço que o consumidor espera
Como a eletrônica utilizada é quase a mesma, a Chrysler adotou um controle de tração (atuando apenas sobre os freios) que pouco se manifesta, sendo típica inclusão desnecessária no "pacote Brasil". Se pudesse eliminá-lo, a economia poderia ser revertida em equipamentos mais valorizados por aqui, como rodas de alumínio, faróis de neblina, toca-CD ou controles elétricos de vidros traseiros.

Aperfeiçoada no curso, a suspensão continua proporcionando bom padrão de conforto e ótimo comportamento dinâmico ao Neon, capacitando-o a tomar curvas como um esportivo. A mesma boa observação vale para a direção, leve e precisa. O carro não gosta, porém, de lombadas: além de ruídos ao passar mais rapidamente, a frente pode raspar em média velocidade, o que requer atenção.

Tudo somado, dirigir o Neon faz despertar o desejo de compra, acentuado pela modernidade e personalidade do estilo. Oferecido em pacote único (veja equipamentos de série), o Neon LE custa R$ 46.500, muito próximo do Vectra GLS 16V automático, que oferece mais itens de conforto e menos de segurança, e algo mais caro que o Mondeo CLX de mesmo câmbio.

O dois-litros de 133 cv permanece, só que com câmbio automático de três marchas apenas: inconveniente no uso esportivo e em subidas de serra
O preço, bem mais alto que o da geração anterior, talvez seja um obstáculo a seu crescimento no mercado, levando-nos à inevitável questão: por que não produzir esse sedã moderno, elegante e agradável de dirigir em Juiz de Fora, MG, aproveitando a capacidade ociosa da fábrica do Mercedes Classe A?

A (Daimler)Chrysler tem a palavra. Ficha técnica

Equipamentos de série e opcionais
Acionamento elétr. vidros D / T S/ND
Ajuste de altura bancos E / D S/ND
Ajuste de apoio lombar E / D ND
Ajuste do volante em altura / profundidade S/ND
Ajuste elétr. retrovisores E / D S
Alarme antifurto / ultrassom / controle a distância S/S//S
Aquecimento S
Ar-condicionado / automático S/ND
Bancos / volante em couro ND/S
Bolsa inflável E / D / laterais S/S/ND
Câmbio automático S
Comando int. porta-malas ND
Computador de bordo ND
Conta-giros S
Controle aut. de velocidade ND
Controle de tração S
Direção assistida S
Faróis de neblina ND
Freios antitravamento (ABS) S
Imobilizador de motor S
Limpador/lavador traseiro NA
Luzes de leitura D / T S/ND
Luz traseira de neblina S
Rádio/toca-fitas S
Rádio/toca-CD ND
Relógio S
Repetidoras laterais de direção S
Rodas de alumínio ND
Terceira luz de freio S
Teto solar / comando elétrico ND
Travamento central S
Vidros verdes S
Convenções: S = de série; O = opcional; ND = não disponível; NA = não-aplicável; E / D = esquerdo / direito; D / T = dianteiro / traseiro

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