O porta-objetos central serve como encosto de braço e, quando aberto, como porta-copos para quem viaja atrás. Há outros três porta-copos na frente, um dos quais tomado pelo cinzeiro removível, e luzes de cortesia montadas no retrovisor interno, que não incomodam o motorista durante o uso. Maçanetas cromadas facilitam sua localização à noite. |
Embora bonitas, as calotas de 15 pol fazem ruídos e deixam ver a roda de aço pelos vãos. As laterais do pára-choque não trazem luzes de posição, mas os pára-lamas têm as de direção. A posição de dirigir agrada, mesmo não havendo ajuste de apoio lombar do banco e de profundidade do volante |
Um pouco baixo, o banco
traseiro pode não agradar a crianças (mesmo efeito do
Vectra), mas permite bom espaço para a cabeça. Pernas e
ombros também ficam bem acomodados no Neon. Mas o quinto
passageiro, além de sacrificado pelo assento, não dispõe
de encosto de cabeça nem cinto de três pontos. Como o
vidro traseiro começa sobre a cabeça dos ocupantes, foi
feita uma pintura dessa região. O modesto porta-malas do antigo Neon, de 330 litros, cresceu um pouco, para 370 litros -- ainda pequeno para a categoria. O estepe, que parece mais largo que o previsto no projeto, exigiu enchimentos que tornam o assoalho pouco regular. No modelo antigo era empregado estepe estreito, de uso temporário, solução que não agrada no Brasil. Outro senão é o vão de carga cerca de 20 cm mais alto que o próprio assoalho, exigindo erguer mais a bagagem. Trata-se de imposição do desenho adotado no pára-choque traseiro, certamente para aumentar a rigidez torcional da carroceria, 26% maior na nova geração (a tampa do conversível Mercedes SL não chega ao pára-choque pela mesma razão). |
Nova geração mesmo: todas as dimensões cresceram, incluindo o entre-eixos, ampliando o espaço interno. As portas agora trazem molduras de janela, evitando ruídos |
Três marchas O novo Neon marca a eliminação das opções de motor 1,8-litro, duas portas e câmbio manual, antes oferecidas. A Chrysler optou por trazer apenas a versão dois-litros de comando único, 16 válvulas e 133 cv, com transmissão automática de três marchas -- uma surpresa quando se lembra que seu antepassado, o Dodge Polara, oferecia quatro velocidades em 1979. A razão é novamente redução de custos, enquanto a retirada da versão manual explica-se pela baixa demanda. A carroceria de duas portas deixou de existir mesmo nos EUA, onde representava apenas 23% das vendas. O maior inconveniente aparece em subidas de serra, em que a transmissão não percebe a topografia (há câmbios automáticos de geração moderna que o fazem, como os da Mitsubishi e Alfa Romeo) e fica num sobe-e-desce de marchas interminável. Conforme a situação, o motorista precisa manter a segunda e suportar o regime elevado, com prejuízos ao consumo e nível de ruído. |
Porta-malas ganhou espaço em relação ao antigo Neon, mesmo passando a usar estepe de dimensões normais. O pára-choque é 20 cm mais alto que o assoalho, em favor da rigidez torcional da carroceria |
As marcas de desempenho divulgadas refletem o mal aproveitamento da potência pelo câmbio: velocidade máxima de 190 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em 11,8 segundos, o que concorrentes de menor potência conseguem. Mas o torque parece bem distribuído, apesar do ponto máximo apenas em 4.850 rpm, e percebe-se agradável agilidade em qualquer situação de tráfego. Continua |
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