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Bons detalhes são o controle automático de temperatura do ar-condicionado, com mostrador digital; as maçanetas cromadas, requintadas e fáceis de encontrar à noite; o porta-copo escamoteável no painel; e uma gaveta sob o banco do motorista. O espaço no banco traseiro não é dos maiores do segmento, sobretudo para as pernas, mal que atinge também o Golf. O porta-malas leva 270 litros, menos que os 285 do Gol.

Acabamento é simples mas bem-feito; espaço traseiro não é dos maiores

Câmbio curto, de novo   A mecânica do Polo reúne ingredientes conhecidos. Os motores 1,6 e 2,0 de oito válvulas, com potências de 101 e 116 cv, na ordem, são os mesmos do Golf -- novidade apenas o acelerador eletrônico, agora estendido ao 2,0. O câmbio possui engates muito leves e precisos e a suspensão conserva o tradicional esquema McPherson/eixo de torção, com subchassi na frente. Trata-se de um conjunto comprovado e bastante adequado a nossas condições de uso, como ficou claro na avaliação da imprensa entre São Paulo e Guarujá, no litoral paulista.

O motor 1,6 responde bem desde baixos regimes, trabalhando ainda melhor no Polo, que pesa menos que o Golf. Assim, não haveria a menor razão para adotar relações de marcha curtas em excesso, que produzem mais de 4.000 rpm a 120 km/h em quinta. Aliado ao pouco revestimento absorvente, isso deixou o Polo um tanto ruidoso em velocidades de viagem. A VW errou mais uma vez, como já fizera com Gol 1,0 16V, Golf 2,0 e outros modelos.

Na luz azul do painel ou no motor 1,6 com acelerador
eletrônico, elementos bem conhecidos da VW

A marca anuncia índices comparáveis aos do Corsa 1,8 de 102 cv -- que oferece mais torque, porém. Onde o VW leva boa vantagem é no consumo (veja números abaixo). O 2,0 não estava disponível para avaliação, mas tem torque de sobra: são 17,3 m.kgf a apenas 2.400 rpm, o que certamente lhe garante boa agilidade. O motor é mesmo o do Golf, com cabeçote de fluxo cruzado, e não o do Gol e Santana. O rodar é firme e controlado, com boas reações ao volante e passagem correta por lombadas, mas um tanto menos confortável que o do Golf.

Haverá espaço no mercado para três VW tão próximos quanto Gol, Polo e Golf? Diante do tamanho dos segmentos inferiores no Brasil, tudo indica que sim. O Gol deve perder mercado nas versões 1,8 e 2,0, mas o motor 1,0 só vem mais tarde ao Polo. É do Golf a situação mais complicada: no mercado desde 1998 e sem oferecer grande espaço interno, pode perder alguns compradores para a novidade. Mas vai continuar tudo em casa, e para a VW é o que importa em sua busca pela liderança de volta.

Ficha técnica
MOTOR 1,6 - transversal, 4 cilindros em linha; comando no cabeçote, 2 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 76,5 x 86,9 mm. Cilindrada: 1.598 cm3. Taxa de compressão: 10,8:1. Injeção multiponto seqüencial. Potência máxima: 101 cv a 5.500 rpm. Torque máximo: 14,3 m.kgf a 3.250 rpm.
MOTOR 2,0 - idem, exceto: Diâmetro e curso: 82,5 x 92,8 mm. Cilindrada: 1.984 cm3. Potência máxima: 116 cv a 5.200 rpm. Torque máximo: 17,3 m.kgf a 2.400 rpm.
CÂMBIO - manual, 5 marchas; tração dianteira.
FREIOS - dianteiros a disco ventilado; traseiros a tambor (1,6) ou a disco (2,0); antitravamento (opcional).
DIREÇÃO - de pinhão e cremalheira; assistência eletroidráulica.
SUSPENSÃO - dianteira, independente McPherson, estabilizador; traseira, eixo de torção.
RODAS - 6 x 14 pol, pneus 185/60 R 14 (1,6); 6 x 15 pol, pneus 195/55 R 15 (2,0).
DIMENSÕES - comprimento, 3,897 m; largura, 1,65 m; altura, 1,484 m; entreeixos, 2,46 m; capacidade do tanque, 45 l; porta-malas, 270 l; peso, 1.082 kg (1,6) ou 1.115 kg (2,0).
Desempenho e consumo
  1,6 2,0
Velocidade máxima 180 km/h 198 km/h
Aceleração de 0 a 100 km/h 11,4 s 10,2 s
Consumo em cidade 11,9 km/l 11,1 km/l
Consumo em estrada 17,4 km/l 16,3 km/l
Dados do fabricante

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