Pequeno valente
O novo motor Fire 16V de 1,25 litro
mostra serviço no |
Quem teve Fiat 147 ou Uno durante os
primeiros 15 anos da marca no Brasil tem grande
possibilidade de ter dirigido o veterano motor 1.300,
derivado do 1.050 -- que depois seria reduzido para 1.000,
impulsionando o Uno Mille e mais tarde o Palio. Com
modestos 59 cv na versão a álcool, dava conta do recado
mas apresentava os mesmos problemas de seus irmãos de
menor cilindrada -- o principal deles, fragilidade da
correia dentada do comando de válvulas e extensos danos
ao motor em caso de seu rompimento. |
Alma nova num pacote conhecido: o sedã compartilha com o hatch Palio a distância entre eixos e a suspensão traseira, que na Weekend são diversos |
O Best Cars Web
Site escolheu, para uma avaliação completa do
novo motor, o sedã três-volumes Siena ELX, variação
de menor sucesso do Palio no Brasil -- embora bem aceita
na Argentina, mercado promissor para pequenos sedãs.
Parte dessa rejeição explica-se por certa falta de
harmonia entre a frente agressiva e a traseira "limpa",
suave, concorrendo ainda a reduzida distância entreeixos
(das menores do mercado, 2,36 metros). Externamente só os
logotipos Fire 16V nos pára-lamas dianteiros e
no vidro traseiro, além de retrovisores e maçanetas na
cor da carroceria, identificam o que há sob o capô. O Siena partilha com os demais modelos da família as características internas, como os bancos altos que levam os passageiros a uma posição mais ereta, criando espaço. O interior espaçoso é realmente uma virtude da linha, mas nem todos apreciam a posição de dirigir obtida, com os pedais muito distantes. Um ajuste de altura do assento seria bem-vindo (existe, porém, o do volante). |
Painel central em cinza-claro tem estética discutível. No fundo dos instrumentos fica melhor, mas a falta de ajuste de iluminação compromete a leitura quando se usam os faróis em dia sem sol |
A exemplo das versões 1.600
16V, a linha Fire recebeu fundo claro dos instrumentos (incluem
conta-giros), que à noite parece convencional e recebe
luz verde. As coisas se complicam com a eliminação, na
linha Palio 2000, do reostato que ajusta a intensidade de
iluminação do painel. Sem ele, rodar num dia sem sol
com os faróis acesos -- recomendação de segurança já
seguida por muitos -- torna quase impossível a leitura
das indicações, pois o fundo permanece claro e os dígitos
verdes obtêm pouco contraste. A Fiat deveria devolver o
reostato, ao menos nas versões com painel claro. Outro ponto polêmico do interior, e novamente por conta do tom prateado, são os apliques imitando -- com um tanto de imaginação! -- alumínio na seção central do painel e em torno dos difusores de ar. Para alguns, um toque de esportividade. Para outros, parece plástico desbotado pela ação do sol anos a fio. Seria preferível um tom mais escuro de cinza, como o adotado com êxito no Astra Sport. Quanto ao pomo da alavanca de câmbio, a pintura prateada foi criticada pelo BCWS já na Palio Weekend Sport, primeira versão a utilizá-lo (leia comparativo completo). |
O trunfo do Siena: um enorme porta-malas para 500 litros, maior que o do Marea e outros sedãs maiores. Uma bela herança dos antepassados Oggi e Prêmio |
O restante é bem conhecido e alterna pontos positivos e negativos. A elogiar, o alarme antifurto com ultrassom e controle remoto, agora com sirene de ativação de volume adequado (antes um escândalo); os bons faróis com duplo refletor e lente de policarbonato (adotados em 1999); o retrovisor esquerdo também convexo, para amplo campo de visão (novidade para 2000); a luz indicadora de portas mal fechadas. Continua |
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