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Os componentes da direção ativa: sistema com assistência hidráulica (3), caixa de engrenagem epicicloidal e unidade de controle eletrônico (1) e o sensor de guinada (2), que monitora como o veículo gira em torno de seu próprio eixo

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A estrutura dianteira, boa parte das suspensões, capô e pára-lamas da frente do Série 5 são de alumínio

 
Comentário técnico
> O motor do 550i, com 4,8 litros, é o de maior cilindrada até agora dentro da série N62 e também equipa o sedã Série 7, o cupê Série 6 e o utilitário esporte X5. As outras versões são as de 3,6 litros (Série 7 até 2003), 4,0 litros (Séries 5 e 7) e 4,4 litros (Séries 5, 6, 7 e o X5 anterior). Não deve ser confundido com a série M62, de geração mais antiga, que teve versões de 3,5, 4,4, 4,6 e 4,9 litros, esta aplicada ao esportivo M5 da época.

> O controle de admissão de ar deste V8 é ímpar no mundo: não existe a tradicional borboleta, mas um engenhoso sistema chamado Valvetronic, em que as 16 válvulas de admissão desempenham esse papel adicional. Essa tecnologia responde pelos números excepcionais de potência com baixo consumo de combustível — com as devidas proporções — e emissões contidas.

> Há um importante coadjuvante: a variabilidade da sincronização dos comandos de válvulas de admissão e escapamento, denominada Duplo Vanos. O sistema, no início para as válvulas de admissão somente, surgiu pela primeira vez no Série 5 de 1992 e estendeu-se às de escapamento no Série 3 de 1999. Vanos é sigla de Variable Nockenwellen Steuerung, acionamento variável do comando de válvulas em alemão.

> O conversor de torque do câmbio automático, seguindo a tendência mundial, bloqueia-se até na primeira marcha, anulando toda e qualquer patinagem de conversor. Desse modo, a eficiência se iguala à das caixas manuais e manuais automatizadas, esta também disponível para o 550i e que se chama SMG (Sequential Manual Gearbox). No modo de trocas manuais, a caixa sobe marchas automaticamente ao chegar à rotação de potência máxima.

> Longarinas dianteiras da carroceria, mangas de eixo, capô e pára-lamas dianteiros do Série 5 são de alumínio, mesmo material de toda a suspensão dianteira, exceto rolamentos e pinos dos pivôs. O subchassi também é de alumínio e suporta a caixa de direção, estabilizador, braços de suspensão e barras de direção. A suspensão traseira é igualmente feita em alumínio.

O 550i pode ser atirado com vigor nas curvas de qualquer raio sem que apareçam tendências ou vícios de comportamento. A rolagem da carroceria é mínima. Precisão em todos os sentidos define bem o modelo, bem como a sensação de segurança — e não apenas sensação. A certeza de contar com potência abundante para todas as situações, auxiliado pela caixa automática que parece responder ao pensamento, são uma grande fonte de satisfação.

O conjunto torna-se ainda mais especial com as linhas arrojadas do Série 5, talvez o mais ousado sedã BMW da atualidade — e a nosso ver muito atraente, o que talvez não possa ser dito de outros trabalhos do então chefe de estilo da marca, o polêmico americano Chris Bangle. O coeficiente aerodinâmico (Cx) é de apenas 0,29, mesmo sem recorrer ao cada vez mais comum pára-brisa comprido e muito inclinado (pode-se até tocar o vidro dirigindo) e, com área frontal razoável de 2,26 m², resulta em área frontal corrigida baixa (0,66 m²).

Isso certamente ajuda a gastar menos combustível, que pela simulação rende 7,9 km/l na estrada. A BMW do Brasil não informa consumo, mas os dados da matriz apontam 6,3 e 12,8 km/l, na ordem, de acordo com as normas européias e usando a gasolina sem álcool de lá, a Super Plus de 98 octanas RON. O motor aceita a Super Premium da Europa, 95 octanas (como nossas comum e aditivada), e até a comum deles, de 91 (não existe mais aqui), mas o desempenho cai e o consumo aumenta. No Brasil, o ideal é abastecer com a Premium de 98 octanas.

Detalhes que conquistam   Fiel a seus princípios (veja-se o medidor de consumo...), a fábrica mantém os dois fechos de capô, além da trava de segurança. O ar-condicionado automático de duas áreas não traz mostrador digital, mas funciona impecavelmente e traz até controle automático de umidade do ar. A distribuição traseira permite um ajuste simples de temperatura relativa à da frente. Todos os vidros são de um toque para descida e subida, com antiesmagamento, e os das portas traseiras baixam por inteiro, raro hoje. Os retrovisores externos podem ser dobrados eletricamente a até 30 km/h (se o motorista esquecê-los dobrados, abrem-se aos 40 km/h) e o direito aponta para o solo ao dar ré.

O auxílio de estacionamento (dianteiro e traseiro) inclui aviso visual e sonoro, pode ser visualizado no mostrador do painel e indica também objetos nos cantos. Os faróis baixos são de xenônio e orientáveis nas curvas, mas os altos usam lâmpadas halógenas apenas. Há também acionamento automático dos faróis e limpadores de pára-brisa. E dá gosto ver a varredura da palheta do lado direito, que mediante um sistema de articulação efetua ligeira translação para limpar melhor.

A "chave" do 550i é na realidade um transmissor que, além de abrir e fechar portas (com fechamento de janelas e do teto solar), acumula dados de operação do veículo que podem ser lidos nas concessionárias. Para ligar o motor é inserida num rasgo e aperta-se um botão próximo a ela. A trava de direção, elétrica, é liberada ao se abrir a porta do motorista. Continua

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