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Correção de rota

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Depois de cinco anos, o Celta perde o aspecto interno
despojado, mas ainda tem um caminho a percorrer

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

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Nada de nova geração, pois só mudam frente e traseira, mas o Celta ganhou um ar mais robusto e certa semelhança frontal com o Vectra

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Forma e função: agora há um desenho elaborado no painel e nas portas, além de comandos de vidros e buzina em posição mais adequada

Quem esteve a seu lançamento no Rio Grande do Sul em setembro de 2000, como o autor, ainda se lembra da surpresa. A General Motors apresentava o Celta, resultado do projeto Arara-Azul, um carro baseado no Corsa da época — mas bem mais despojado — para o segmento de entrada. Para ele havia sido construída uma fábrica em Gravataí, RS, com processos enxutos e mais econômicos de produção. Por tudo isso, esperava-se o anúncio de um preço muito baixo, competitivo com o do Mille, já então nosso carro mais barato. Mas o que veio foi a decepção: o novo Chevrolet custava só um pouco menos que o Corsa Wind 1,0, embora fosse claramente inferior em termos de acabamento.

A impressão de que a GM estava indo com muita sede ao pote não impediu seu sucesso. Apoiados em um desenho moderno em relação aos concorrentes (como o antigo Fiesta e as versões básicas de Gol e Palio) e na boa imagem do fabricante, mais de 600 mil Celtas chegaram às ruas desde então. Agora, cinco anos e meio depois, voltamos às terras gaúchas para conhecer o que a empresa apresenta, com pompa desproporcional, como sua nova geração — mas que o leitor do Best Cars, já vacinado contra exageros de marketing, sabe que não passa de uma reestilização.

A diferença entre os conceitos está na amplitude das mudanças, que na parte externa abrangem apenas a frente e a traseira. A dianteira evidencia a inspiração no novo Vectra, assim como o primeiro Celta buscava semelhança com o Vectra da época. Os faróis (ainda com refletor único) e a grade cresceram bastante e, somados às formas retilíneas do pára-choque e aos vincos bem marcados no capô, buscam um aspecto mais robusto.

O resultado estético é bom, mas sem impressionar. Melhoraria com grade e entradas de ar em preto, como em unidades expostas com acessórios.  A GM não informa o Cx (nem do anterior, aliás), mas se espera ligeira piora com a nova frente mais alta, que o deixou 40 mm mais comprido. Um problema de segurança é a posição das luzes de direção, junto à grade, de onde não são vistas por quem está ao lado do carro. Copiou-se a infeliz solução já usada por Fox e Fiesta.

Atrás recorreu-se ao conhecido expediente de mudar o local da placa: se no Clio desceu para o pára-choque este ano, no Celta subiu para a tampa do compartimento de bagagem. Perdeu-se assim a sensação de vazio do modelo antigo. As lanternas são novas, embora parecidas com as de antes no formato, já que mudanças radicais implicariam alterar os pára-lamas traseiros. E o vidro ganhou formato que lembra o da Zafira, com chanfros nas extremidades. Se no Gol 2006 ele chegou até os extremos da tampa, a GM só poderia fazer o inverso... O do Celta, assim, passa a expor as colunas nas laterais.

Por dentro   Mais que a atualização externa, o que marca o Celta 2007 é a reformulação do interior. O painel de desenho bem elaborado traz um salto enorme em comparação ao antigo — aliás, seria difícil projetar outro tão pobre quanto aquele... Continua

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Data de publicação: 11/4/06

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