Oferecido em pacote único a R$ 40,4 mil, o XLi é competitivo dentro do
segmento. Apenas as rodas de 14 pol o diferenciam externamente da versão
intermediária XEi |
Sempre que chega o
momento de avaliar a versão básica de um automóvel, preparamo-nos para
encontrar um acabamento despojado, materiais baratos no interior e, no
caso do uso de motor menos potente, um desempenho insatisfatório. Assim,
foi uma grata surpresa constatar exatamente o oposto no Corolla XLi,
opção de entrada da Toyota no segmento dos médios.
Oferecido em pacote único (veja relação de
equipamentos de série), a que se pode adicionar apenas o câmbio
automático de quatro marchas, o XLi custa R$ 40,4 mil. Não deixa de ser
competitivo, embora a concorrência esteja bem preparada: o Focus GLX 1,8
16V (115 cv) e o Marea SX 1,75 16V (132 cv) saem por R$ 39,5 mil (mas o
Fiat não traz ar-condicionado); o Civic LX 1,7 16V (115 cv) custa R$
40,5 mil (o modelo 2004 ainda não tem
preço), incluindo bolsas infláveis frontais; e o Vectra 2,0 (110 cv)
começa em R$ 41,8 mil. A Volkswagen não disputa o segmento, a não ser
com o Polo Sedan, que é um carro pequeno e não um médio.
A favor do Corolla estão pelo menos três fatores: a garantia de três
anos, a maior da categoria; a atualidade do modelo, lançado em 2002 e
sem perspectivas de mudança tão cedo (os concorrentes citados são de
1996 a 2000); e a reputação de qualidade e robustez habitual dos carros
japoneses, que se estende ao Civic — nossa intenção, aliás, era
compará-los, mas a Honda não pôde fornecer um modelo reestilizado a
tempo.
Outros aspectos positivos aparecem logo ao primeiro contato. Para uma
versão básica, a Toyota caprichou mesmo no acabamento interno, com
materiais que não fariam feio em um carro R$ 10 mil mais caro. Os
plásticos têm boa qualidade, o revestimento dos bancos é suave e, graças
aos tons claros de parte do interior, o ambiente é leve e agradável.
Espaçoso, o Corolla acomoda cinco adultos com um conforto raro em carros
nacionais.
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