




A nova grade, que no XLT vem
cromada, e os faróis de superfície complexa retocam o visual, mas as
grandes atrações são anunciadas pelo adesivo na caçamba, cujo
comprimento aumentou na versão de cabine simples |
A
chegada — e as boas vendas — do Dodge Ram
mexeu com a Ford e seu F-250, que vinha sem concorrência direta desde
que a General Motors deixou de produzir o Silverado, em 2001. Embora
ainda líder no segmento dos picapes grandes (113 unidades emplacadas em
fevereiro, contra 86 do novo rival), sua participação vem diminuindo. Em
setembro de 2004, por exemplo, quando a DaimlerChrysler ainda não havia
iniciado a importação de seu modelo, a Ford vendeu 194 unidades do
F-250. Diante destes números, a empresa constatou que era necessário se
mexer. O resultado é o modelo 2007 do picape. As mudanças não foram
meramente estéticas e muito do que foi incorporado já podia ser
encontrado no Ram. Sim, os rivais aprendem uns com os outros.
À frente, o F-250 recebeu nova grade, com duas barras horizontais e duas
verticais, e faróis e luzes de direção em uma só peça, com refletor de
superfície complexa (a lente, que
sempre foi de policarbonato, agora é
lisa). Pára-choque com três tomadas de ar, rodas de 16 pol com desenho
diferente e logotipos também fazem parte das mudanças. O visual ficou
semelhante ao do F-250 americano e ainda
mais imponente. Na versão com cabine simples e tração nas quatro rodas —
de que logo falaremos — a caçamba foi alongada em 40 centímetros, para
2,50 metros (são 2,61 m no Ram de cabine simples). Com isso, sua
capacidade de carga passa a 1.850 litros. Nas laterais, o adesivo
4x4 Max Power identifica outras duas novidades do F-250 2007.
Comecemos pelo Max Power, nome que a Ford escolheu para o novo
motor turbodiesel do picape. Produzido pela Cummins, possui quatro
cilindros, 3,9 litros de cilindrada, quatro válvulas por cilindro e
injeção eletrônica de duto único, para
atender às novas normas de poluição e ruído (Proconve Fase 5/Euro III).
Aposenta o MWM de seis cilindros em linha, 4,2 litros e três válvulas
por cilindro, usado desde 1999. Agora são 203 cv a 2.900 rpm e torque de
56 m.kgf a 1.500 rpm, ante 180 cv a 3.400 rpm e 51 m.kgf a 1.600 rpm do
anterior. O acelerador passa a ser
eletrônico e a relação de marchas foi alongada (29,6% na primeira e
na ré, 27,1% na segunda, 19,8% na terceira, 13,4% na quarta e 6,8% na
quinta marcha, já considerado o diferencial 13,4% mais longo).
Já 4x4 denuncia o óbvio e, mais uma vez, segue o Ram. Pela
primeira vez o F-250 traz a opção de tração integral, acionada por um
botão giratório no painel, como no Ranger. Escolhe-se entre os modos 4x2
(tração traseira), 4x4 e 4x4 com reduzida (relação de 2,72:1). Os dois
primeiros podem ser engatados a até 80 km/h, mas para a reduzida o
veículo deve estar parado e com embreagem e freio acionados. A
roda-livre dianteira é automática e bloqueia-se sempre que a tração 4x4
é acionada, seja em modo normal ou reduzido. Para isso, a função Auto
nos cubos deve ser usada em caráter permanente. Mas a roda-livre pode
ser anulada se o motorista desejar, girando-se o comando para Lock.
Nessa condição o veículo se comportará como um 4x4 em modo 4x2 e que não
tenha roda-livre, ficando semi-árvores, diferencial e cardã dianteiro em
movimento o tempo todo.
Continua |