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Tempestade nos trópicos

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A Renault resolve jogar pesado com um sedã médio com
atributos para conquistar uma boa fatia do segmento

Texto: Bob Sharp - Fotos: Oswaldo Palermo/divulgação
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Mesmo sem a recente atualização do modelo francês, o novo Mégane impressiona bem pelo desenho e o porte: com 2,68 metros, tem um dos mais longos entre eixos

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O porta-malas acomoda 520 litros, um dos maiores da classe; apenas o motor 1,6-litro é flexível e seus 115 cv (a álcool) resultam em desempenho adequado

A Renault, embora detentora de pouco menos de 3% do mercado em 2005, atrás inclusive da compatriota Peugeot, dá sinais claros de querer avançar — e tem pressa. Apresentou o novo Mégane em Curitiba, PR — na vizinha São José dos Pinhais está a imponente fábrica — e sabe que vai ser difícil encarar o novo Vectra, o Corolla e o próximo Civic, mas vai à luta. Armas ela tem para isso, mesmo sabendo que "a marca ainda não é tão conhecida no Brasil", nas palavras de Christian Pouillaude, vice-presidente da Renault do Brasil.

O novo Mégane, ou Mégane II, é um sedã moderno recheado de novidades, como o cartão magnético com telecomando, em vez da multissecular chave para portas e partida, e botão para ligar e desligar o motor. Primazia também, no segmento, é a caixa manual de seis marchas para a versão Dynamique com motor de 2,0 litros a gasolina, em alternativa ao câmbio automático auto-adaptativo de quatro marchas, que oferece trocas manuais pela alavanca. A fábrica informa que, das 12.000 unidades programadas para este ano, 45% (5.400) serão de 2,0 litros, número que ainda não justifica tornar flexível em combustível o motor importado.

Outra solução inteligente é a eliminação da tampa do bocal de reabastecimento: no lugar está a válvula de retenção que todo carro tem hoje, com a diferença de ficar rente ao bocal em vez de recuada. Uma coifa de borracha integrada à portinhola impede a saída de vapores. Ovo de Colombo, elimina a tampa (menos custo) e facilita o reabastecimento.

A versão de entrada, a Expression 1,6 16V Hi-Flex, traz o mesmo motor do Clio e da Scénic e custa R$ 54 mil. Se o preço não impressiona, a dotação de equipamentos de série certamente o faz: bolsas infláveis frontais, freios com sistema antitravamento (ABS) e distribuição eletrônica de pressão entre os eixos (EBD), direção com assistência elétrica variável, volante com regulagem de altura e profundidade, ar-condicionado, porta-luvas com refrigeração, computador de bordo, travamento automático das portas, controle elétrico dos vidros dianteiros (com função um-toque para o do motorista), encosto do banco traseiro rebatível e o cartão que substitui a chave.

Em seguida vem a Dynamique de mesma motorização, mas com maior dotação de itens de conforto, conveniência e proteção, por R$ 60 mil. Dentre esses itens, controlador e limitador de velocidade, alarme periférico, três apoios de cabeça traseiros em vez de dois, revestimento dos bancos em veludo (tecido no básico), regulagem de altura do banco do motorista, encosto traseiro dividido 1/3-2/3, porta-objetos central dianteiro com apoio de braço (sem tampa no básico), controle elétrico dos quatro vidros com um-toque e antiesmagamento e rodas de alumínio de 16 pol com pneus 205/55 (aço de 15 pol com 195/65 no Expression). Continua

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Data de publicação: 11/3/06

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