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Um retorno aos bons tempos

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Um moderno e muito melhor V6 de 3,6 litros, com 258 cv, leva o
Omega de volta ao tempero esportivo do saudoso motor 3,0

Texto: Fabrício Samahá - Reportagem: Luís Perez - Fotos: divulgação

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Poucas mudanças por dentro, uma frente levemente reestilizada: o melhor está sob o capô, com um motor de última geração e com desempenho excelente

Há pouco mais de 10 anos, na linha 1995 do Omega brasileiro, a General Motors substituía o brilhante motor Opel de 3,0 litros e 165 cv pelo 4,1 nacional de 168 cv, evoluído do Opala. No lugar do temperamento tipicamente alemão, com potência em alta rotação e a possibilidade de mantê-las por horas a fio em uma Autobahn, vinha um motor antigo e "torcudo", com muita força em baixos regimes, mas que não dava prazer ao esticar marchas.

O jeito de carro americano do 4,1 repetiu-se em 1998 no modelo australiano, com seu motor V6 de 3,8 litros e 200 cv. Os fãs do saudoso 3,0 já haviam se conformado, até que na linha 2005 da Holden — a subsidiária da GM na Austrália — veio a grande notícia: o veterano motor, usado nos EUA há décadas, cedia lugar a um V6 de 3,6 litros de última geração, o mesmo do Cadillac CTS e de outros modelos recentes da corporação.

Evolução por inteiro   O novo coração do Omega chega agora ao mercado brasileiro, trazendo de volta o espírito europeu: muita potência (258,3 cv, um ganho de 29%), desenvoltura para "girar" — atinge o pico a 6.500 rpm e pode ir a 6.700 — e tecnologia de sobra, em um pacote dos mais atraentes. A GMB escolheu a mais potente das duas versões da linha Alloytec da Holden, a 175 e a 190, sua potência em kilowatts (238 cv na primeira). Ambas superam o anterior já na configuração dos cilindros, com "V" de 60° em vez de 90°, o que anula as forças de inércia e traz funcionamento suave, mesmo sem árvores de balanceamento.

A cilindrada pouco menor é fartamente compensada pelo uso de bloco e cabeçote de alumínio (antes de ferro fundido), duplo comando no cabeçote (era no bloco) acionado por correntes, quatro válvulas por cilindro (em vez de duas) e modernos recursos, como variador de fase nos comandos de admissão e escapamento (em até 50°) e coletor de admissão de geometria variável.

Há também acelerador eletrônico e uma central de gerenciamento bem mais avançada que a anterior. A taxa de compressão passou de 9,35 para 10,2:1 e existem dois sensores de detonação, com atuação independente em cada cilindro. Os sistemas variáveis realizam prodígios: enquanto a potência máxima aparece em regime 1.300 rpm mais alto que o anterior, o torque máximo (que passou de 31 para 34,7 m.kgf) surge 400 rpm antes. Continua

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Data de publicação: 12/3/05

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