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Faróis altos e baixos de xenônio e lanternas traseiras com LEDs fazem um bom conjunto; as rodas de 16 pol recebem pneus de 205 e 225 mm de seção, que ajudam muito no ótimo comportamento dinâmico do SLK

O exclusivo AirScarf: difusores nos encostos de cabeça aquecem ombros e pescoço, como um "cachecol virtual", com três velocidades e a controle automático de temperatura

O carro da frota de imprensa da Mercedes não trazia o comando manual de marchas por botões atrás do volante, padrão no SLK para o Brasil, mas a caixa de cinco marchas é a mesma. Um câmbio manual seria mais adequado a um carro esporte, mas a predileção pelo automático no segmento de luxo do mercado parece determinante por aqui. De qualquer modo é uma caixa suave nas mudanças, inteligente na adaptação ao modo de dirigir (com modos normal e esportivo) e de relações corretas, em que a quinta produz rotação bem baixa para viagens. A operação manual pode ser feita também movendo-se a alavanca para os lados (esquerda para reduzir, direita para subir marchas) e há indicador da posição em uso no painel.

As suspensões modernas exibem calibração das melhores e ótimo comportamento dinâmico. A diferença de cambagem entre as rodas dianteiras (negativa) e traseiras (neutra), perceptível aos olhos, já indica que este não é um daqueles Mercedes comportados, que saem largamente de frente para avisar que o limite de aderência está próximo. O SLK toma as curvas com a sensação de estar sobre trilhos, exibe atitude quase neutra e, com o controle de estabilidade desativado, permite provocar sobresterço pela aplicação de potência — não muito fácil em asfalto seco, pois os Pirellis P7 têm seção de 225 mm atrás.

Isso tudo com um rodar que não chega ao desconforto (melhoraria com molas traseiras um pouco mais macias) e boa aptidão para transpor lombadas, embora amortecedores dianteiros algo mais firmes fossem bem-vindos nessa situação. Mais importante, porém, é a sensação de solidez: capota aberta ou fechada faz pouca diferença no comportamento, uma prova de alta rigidez da estrutura. Em piso irregular não se nota qualquer "dança de pára-brisa", no máximo uma leve trepidação do retrovisor interno. A direção, algo pesada em baixa velocidade, mostra-se correta em alta e os freios são perfeitos em potência e atuação, além de contar com assistência adicional em emergência. Bolsas infláveis frontais de duplo estágio e laterais, que protegem também a cabeça, são de série. Continua

Comentário técnico
> O motor de 1,8 litro com compressor da Mercedes-Benz, lançado em 2002 no Classe C, tem recursos técnicos como variação contínua do tempo de abertura das válvulas, tanto de admissão quanto de escapamento, e duas árvores de balanceamento, que giram com o dobro da rotação do virabrequim.
> A linha possuía, até os modelos 2005, quatro versões: de 143, 163 e 192 cv, com injeção convencional, e de 170 cv com injeção direta. O mercado brasileiro recebia a primeira no C 180, a segunda no SLK 200 e a terceira no C 230, até que este, no modelo 2006, o substituiu por um V6 de 2,5 litros e 204 cv. Segundo a empresa, a diferença entre essas três versões limitava-se ao mapeamento eletrônico, mas o BCWS acredita que cada uma trabalhasse com uma pressão máxima no compressor, um dado que o fabricante não tem como informar no Brasil.
> O novo SLK traz caixa de direção de pinhão e cremalheira, esperada evolução em relação à de esferas recirculantes da primeira geração. O conjunto é mais leve e preciso. A suspensão dianteira, antes de braços sobrepostos, agora é uma evolução do conceito McPherson, com a coluna mola-amortecedor localizada por um braço diagonal e um lateral. A traseira é do tipo multibraço, composta por um braço arrastado, três laterais e um de controle de convergência em cada lado.

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