Com elementos de estilo
típicos da marca, em destaque a ampla grade, o Q5 impressiona bem aos
olhos; a plataforma deriva da usada no A4
O interior bem desenhado e
luxuoso traz fartos itens de conveniência; o câmbio automatizado tem
sete marchas e admite mudanças no volante |
Calando as más línguas que previam um futuro incerto para a Audi no
Brasil após sua ausência no último Salão do Automóvel de São Paulo, a
prestigiosa marca alemã apresentou nesta quarta-feira (27) à imprensa
especializada o novo utilitário esporte médio de luxo Q5 com toda a
pompa de uma marca campeã. No ano em que comemora seu primeiro
centenário, a Audi lança no Brasil um SUV de alto desempenho com duas
opções de motores e quatro tipos de acabamento. A meta da empresa é
conquistar 40% desse restrito segmento, que coloca no mercado nacional
apenas entre 400 e 500 unidades anuais.
De olho na concorrência dos consagrados
BMW X3 e Land Rover Freelander
(embora a Audi cite o Discovery,
de porte bem maior) e dos recentes Mercedes-Benz GLK e
Volvo XC60, a Audi embarcou no Q5 ampla
bagagem tecnológica, o que resultou num produto de primeira linha com
preço à altura, acima de todos os rivais. A linha Q5 tem valores
sugeridos de R$ 205.840 (Attraction com motor
turbo de 2,0 litros), R$ 229.230
(Ambiente 2,0 turbo), R$ 263.300 (Ambiente com o V6 de 3,2 litros) e R$
274.500 (Ambition V6 3,2). Enquanto isso, o X3 vai de R$ 241.000 (motor
de 2,5 litros) a R$ 269.000 (3,0 litros), o GLK 280 sai a R$ 225.000, o
Freelander HSE 3,2 a R$ 169.000, e o XC60 Top de 3,2 litros, por R$
165.900.
O Q5 de entrada vem equipado com motor FSI de quatro cilindros em linha
e 2,0 litros, com turbo, injeção direta
e agora comando com variação de
levantamento, que fornece potência de 214 cv e torque máximo de 35,7
m.kgf, disponível entre 1.500 e 4.200 rpm. Segundo a Audi, o carro
acelera de 0 a 100 km/h em 7,2 segundos e atinge velocidade máxima de
222 km/h. Com o V6 de 3,2 litros em alumínio, também com injeção direta,
são 269 cv e 33,7 m.kgf (isso mesmo, o torque é menor), com os quais o
modelo chega a 100 km/h em 6,9 s e atinge 234 km/h.
Todas as versões trazem câmbio manual
automatizado S-tronic de sete marchas e
dupla embreagem, que permite mudanças manuais sequenciais no volante
a partir da Ambiente; sistema Audi Drive Select, com escolha entre três
programas das características de dirigibilidade; freios a disco com
sistema antitravamento ABS e distribuição
eletrônica de frenagem EBD; controles
eletrônicos de estabilidade ESP e de tração ASR; sistema de auxílio
em descidas HDA; assistente hidráulico de frenagem HBA;
sistema de auxílio à frenagem BA; e
faróis Xenon Plus com lâmpadas de xenônio
para ambos os fachos e 12 leds de luzes
diurnas e noturnas que, junto com a enorme grade, formam a nova
identidade visual da marca.
Além disso, traz de série a tração integral permanente Quattro que, em
condições normais de utilização, distribui o torque em 40% para as rodas
dianteiras e 60% para as rodas traseiras, mas que pode alterar essa
relação para até 65% de força para as dianteiras ou 85% para as
traseiras, conforme as condições de aderência. As bolsas infláveis são
seis (frontais, laterais e cortinas) e há farta dotação de itens de
conveniência, como sistema de áudio de 180 watts e, a partir da versão
Ambiente, faróis e limpadores automáticos, ar-condicionado com três
zonas de ajuste e memória do ajuste de bancos.
Ao volante
A Audi decepcionou na avaliação oferecida à imprensa. A pista de teste
fora-de-estrada, com cerca de 800 metros, se resumia a duas subidas e
descidas extremamente íngremes, apenas o suficiente para demonstrar a
atuação do sistema de controle automático de descidas, que freia o
veículo automaticamente em conjunto com o ABS.
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