Só um aperitivo

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A Audi faz a apresentação prévia do R8 em um kartódromo,
mas deixa perceber que o carro não vem para brincadeiras

Texto: Gino Brasil - Fotos: André Larangeira e divulgação

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Faróis ousados com LEDs embaixo, rodas de 18 pol com grandes freios e as lâminas laterais em cor contrastante destacam-se no estilo do R8

A Audi parece ansiosa para entrar no clube dos superesportivos no Brasil — carros desenhados com essa finalidade desde o início, não as versões de alto desempenho derivadas de sedãs e peruas que fizeram boa parte de sua fama. A um mês do lançamento oficial para nosso mercado, o cupê esporte de motor central-traseiro R8 teve uma apresentação prévia à imprensa no kartódromo da Schincariol em Itu, São Paulo. A antecipação, ainda que em local tão pouco apropriado, decorre do fato de que o carro já pode ser encomendado por R$ 600 mil e, segundo a Audi, o primeiro lote de 20 unidades já foi todo vendido.

O R8 demonstra toda a capacidade técnica da marca de Ingolstadt em construção de automóveis. Usa alumínio em toda a carroceria, tem um motor de V8 com injeção direta de gasolina que produz 420 cv a 7.800 rpm, tração integral permanente e câmbio manual automatizado de seis marchas. Enfim, um carro que reúne o que há de mais avançado em tecnologia, dentro da Audi e fora dela. Derivado do carro-conceito Le Mans Quattro que fez sua primeira aparição no Salão de Paris de 2006, o R8 tem estilo que entusiasma.

Suas linhas transmitem a sensação de velocidade e robustez, em especial a frente, onde os faróis bi-xenônio são acompanhados por fileiras de LEDs, 12 de cada lado, responsáveis pela luz diurna usada em vários países. No exterior há opção de faróis por LEDs, que a Audi diz reproduzirem a iluminação natural do dia ainda melhor que o gás xenônio. Atrás, o conjunto de lanternas — também com LEDs — compõe um belo conjunto com as saídas de ar localizadas logo abaixo. Sob a tampa de vidro fica o V8 de 4,2 litros. A lateral acompanha o ar esportivo das partes dianteira e traseira, mantendo um perfil baixo e afilado, com entradas de ar.

E é justamente na lateral que surge um grande diferencial em termos de estética: a lâmina que a Audi chama de sideblade e à qual atribui funções estéticas e dinâmicas. Estéticas porque essa parte vem pintada em cor distinta do resto do carro, compondo uma identificação visual única. E dinâmica, pois através dela o ar é direcionado para o cofre do motor. Atrás da peça fica grande parte dos módulos de gerenciamento do carro.

O interior do R8 tem desenho agradável e segue estritamente o padrão Audi. O painel traz o computador de bordo bem ao centro e o volante contém comandos do sistema de áudio Bang & Olufsen (de ótima qualidade, com 12 alto-falantes e potência de 465 watts) e as hastes de troca de marcha do câmbio R-tronic. Sua base achatada facilita ao motorista entrar e sair e traz um charme adicional. O luxo está por toda parte: os bancos são revestidos em couro, o teto em Alcântara, o ar-condicionado tem controle independente para os dois ocupantes. A posição de direção é muito boa, sendo fácil encontrar a melhor acomodação pelas várias regulagens. O porta-malas dianteiro de 100 litros soma-se a um espaço de 90 litros para objetos atrás dos bancos.

Quase 8.000 rpm   Mas o sistema de áudio pode ser deixado de lado, porque o ronco desse V8 de aspiração natural e 420 cv a 7.800 rpm, já conhecido da linha RS4, é uma sinfonia para quem gosta de dirigir. Na verdade, é uma sinfonia até para quem não se importa com carros. O som invade a cabine na medida certa, sem causar desconforto. Continua

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Data de publicação: 13/5/08

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