Com injeção direta e cárter
seco, o motor V8 de 4,2 litros desenvolve 420 cv e resulta em desempenho
elevado: 0-100 em 4,6 segundos




No interior, requinte
associado a esportividade; o câmbio automatizado permite trocas pelas
hastes do volante, mas poderia ser mais rápido |
O motor reúne soluções técnicas sofisticadas, como a injeção direta,
lubrificação com cárter seco e
variador nos comandos de admissão e
escapamento, e transmite potência às quatro rodas por um novo sistema de
tração integral. Para manter a sensação de tração traseira, as rodas
dianteiras recebem apenas 10% da força em condições normais, chegando ao
máximo de 35% em situações de baixa aderência das traseiras. O empurrão
nas acelerações não deixa dúvida dos números de desempenho informados: 0
a 100 km/h em 4,6 segundos, 0 a 200 em 14,9 s e velocidade máxima de 301
km/h. Como curiosidade, não há diferença nesses valores entre a versão
de caixa manual e a automatizada.
Infelizmente, as impressões sobre o carro ficaram prejudicadas pela
limitada avaliação em um kartódromo. A cada vez em que se acelerava o
carro, antes que ele chegasse à faixa de rotação ideal — o torque máximo
de 43,8 m.kgf aparece a 4.500 rpm e vai até 6.000 rpm —, já era hora de
frear antes da curva. Curvas que eram sempre fechadas, pois foram
desenhadas para karts, não para um superesportivo de 4,43 metros de
comprimento. Mesmo assim, foi possível sentir que potência é o que não
falta para esse carro e que os freios são muito bons, sem perda de
eficiência pelo aquecimento mesmo após várias voltas em ritmo vigoroso.
O câmbio manual automatizado de seis marchas R-tronic pode ser operado
como manual (sem pedal de embreagem) pela alavanca no console, com
trocas ascendentes para frente e reduções para trás; pelas hastes do
volante ou como automático. Mas em termos de desempenho ele perde para o
S-tronic, que possui dupla embreagem e equipa o
TT e o A3. O do R8 tem respostas
rápidas e eficientes, mas apresenta pequeno atraso entre o comando e o
efetivo engate das marchas. O S-tronic é que deveria equipar esse carro,
a nosso ver.
De qualquer maneira, as impressões sobre a dinâmica ficam a ser
confirmadas quando houver oportunidade de andar em ambiente apropriado.
E, provando do que a Audi está saboreando no momento, vamos esperar
ansiosamente esse dia chegar. |
MOTOR
- central-traseiro, longitudinal, 8 cilindros em V a 90°; duplo comando
variável nos cabeçotes,
4 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 82,4 x 92,8 mm.
Cilindrada: 4.163 cm3. Taxa de compressão: 12,5:1. Injeção direta
seqüencial. Potência máxima: 420 cv a 7.800 rpm. Torque máximo:
43,8
m.kgf de 4.500 a 6.000 rpm. |
CÂMBIO
- manual automatizado, 6 marchas; tração integral permanente. |
FREIOS
- dianteiros e traseiros a disco ventilado; antitravamento
(ABS). |
DIREÇÃO
- de pinhão e cremalheira; assistência eletroidráulica. |
SUSPENSÃO
- dianteira e traseira, independentes, braços sobrepostos. |
RODAS
- dianteiras, 8,5 x 18 pol, pneus 235/40 R 18; traseiras, 10,5 x
18 pol, pneus 285/35 R 18. |
DIMENSÕES
- comprimento, 4,431 m; largura, 1,904 m; altura, 1,252 m;
entreeixos, 2,65 m; capacidade do tanque, 75 l; porta-malas, 190
l (total); peso, 1.565 kg. |
DESEMPENHO - velocidade
máxima, 301 km/h; aceleração
de 0 a 100 km/h, 4,6 s. |
CONSUMO
- na cidade, 4,9 km/l; na estrada, 10,4 km/l (com gasolina
européia de 98 octanas RON). |
Dados do fabricante |
|