Mais largo que o antecessor,
porém mais baixo, tem bom espaço interno e um painel moderno e funcional
Rodas de 18 pol, com pneus
225/40 e pinças de freio em vermelho, contribuem para a aparência da
versão Sport
O motor turbodiesel Multijet
é brilhante: muito disposto desde baixa rotação, chega a 150 cv e
consome pouco |
Medindo 4,34 metros de comprimento, o Bravo é mais longo (8,5 cm) e
largo (4,5 cm) que o Stilo, só que mais baixo (3,5 cm). O entreeixos foi
mantido em 2,60 metros, dentro da média da categoria. Tudo isso se
traduz em amplo espaço interno, ideal para quatro adultos grandes
viajarem bem confortáveis ou para cinco conviverem de maneira digna por
algum tempo. A porta-malas tem capacidade declarada de 400 litros, dos
maiores na classe. Destaque merecem o ângulo de abertura das portas e
suas dimensões generosas, o que facilita a vida na hora do entra-e-sai.
Moderno, mas longe de ameaçar o motorista com comandos futuristas ou
pouco inteligíveis, o posto de condução do Bravo faz qualquer um se
sentir em casa, tenha ou não alguma familiaridade com os veículos da
marca. Os controles estão onde se espera, à exceção da regulagem da
altura dos faróis e do botão das luzes de neblina, distantes e voltadas
para o passageiro.
O painel é razoavelmente completo e nele reina o mesmo visor multifunção
presente em nossos Palio, Stilo, Idea e Punto, que traz as informações
do computador de bordo, do sistema de áudio e do sistema Blue & Me, com
as mesmas facilidades do Punto nacional. Também há no Bravo a porta USB,
que decretou o fim dos CDs — basta um pendrive alimentado com músicas em
formato MP3 para garantir bom áudio. A nota mínima vai para a
visibilidade diurna do velocímetro, com pequenos números vermelhos em
fundo branco. Ainda, o acabamento do porta-malas é modesto e mal fixado
e o material usado no console, portas e parte do painel é um plástico
acetinado, bonito, mas que risca com facilidade.
A versão do Bravo cedida para avaliação pela Fiat, a topo de linha
Sport, se destacava pelas chamativas rodas de 18 pol com pneus 225/40,
assim como pelo acabamento interno com matiz esportivo: painel revestido
com material simulando fibra de carbono e bancos — envolventes e com
amplos ajustes — forrados de tecido de duas cores, preto e vermelho,
cuja conformação dá a motorista e seu acompanhante a boa sensação de
"vestir" o carro. Tudo rima com a boa pegada do volante de três raios,
revestido de couro e dotado dos controles do sistema de áudio,
controlador de velocidade e Blue & Me.
As bolsas infláveis são nada menos que sete: duas frontais, duas
laterais, duas tipo cortina e uma sob o volante que protege os joelhos
do motorista.
Jóia da coroa Sob o
capô, um motor que, se acaso o Bravo vier a ser vendido no Brasil, não
poderá ser usado por razões legais: é o Multijet turbodiesel de 1,9
litro, dotado de injeção direta de duto
único, resfriador de ar e
turbina de passo variável. Este motor,
uma espécie de jóia da coroa da produção atual da Fiat, é o preferido
pelos consumidores ao conciliar razoável
potência específica (78,5 cv/l) com consumo reduzido.
Não é exatamente novo, mas recebeu afinamentos que minimizaram suas
características indesejáveis (vibrações, barulho de traineira de
pesca...) e resultaram num eficaz propulsor com potência máxima de 150
cv, capaz de empurrar bem já a parcas 1.500 rpm e prosseguir até 5.000
rpm com vigor. Contudo, se a tocada não for esportiva, passar as marchas
na casa das 2.500-3.000 rpm é mais do que suficiente para o Bravo seguir
com desenvoltura, ajudado pelo generoso torque máximo de 31 m.kgf a
2.000 rpm.
Continua |