Os bancos dianteiros (à direita) e da segunda fila acomodam bem, com espaço de sobra para as pernas, e têm ajuste em distância e inclinação

O acesso aos bancos suplementares na traseira do Precision é regular, mas a acomodação não foge à regra: adequada apenas para crianças

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A tela sensível ao toque comanda áudio (com diversas conexões) e ar- condicionado; acima do retrovisor, o espelho para monitorar crianças

Como costuma acontecer quando um modelo muda de marca, o Freemont tem características não usuais em um Fiat: alavanca única à esquerda da coluna de direção, computador de bordo com indicação de consumo em litros por 100 km (padrão europeu que deveria ser alterado aqui para km/l), freio de estacionamento por pedal, encostos de cabeça traseiros que não se encaixam no banco, luzes externas que não se apagam ao desligar a ignição. Contudo, a especificação europeia incluiu — felizmente — retrovisor esquerdo convexo, luz traseira de neblina, ajuste elétrico de altura do facho dos faróis e repetidores laterais de luzes de direção.

Há bons detalhes no interior, como espelho convexo de teto para acompanhar crianças no banco traseiro, para-sóis deslizantes (para melhor cobertura do sol pela lateral) com Iluminação automática nos espelhos, quatro difusores de ar no teto para a segunda e a terceira fila de bancos (no Precision) e grande número de porta-objetos, embora o porta-luvas seja pequeno. Práticos são os espaços para até 12 latas de bebidas e gelo no piso, atrás dos bancos dianteiros, com fácil remoção para limpeza, e as portas traseiras que se abrem em quase 90 graus no terceiro estágio. Duas faltas: sensores de ultrassom para o alarme e faixa degradê no para-brisa.

A versatilidade no uso dos bancos é um ponto alto do Freemont. O da segunda fila, bipartido em 60/40, pode ser ajustado em distância e inclinação do encosto (em separado) e rebatido, formando uma plataforma quase plana. Os três lugares trazem fixações Isofix para cadeiras infantis e os das laterais podem ser elevados em 10 centímetros, o que dispensa o uso de assentos próprios para crianças maiores. No caso do Precision, a terceira fila conta com banco dividido em 50/50 e também rebatível, não sendo necessário removê-lo para obter um assoalho plano. O encosto do passageiro da frente também admite rebatimento e seu assento, quando basculado, dá acesso a mais um compartimento.

Os passageiros da segunda fila dispõem de ótimo espaço para cabeça e pernas, mesmo sem recuar o assento ao máximo, mas a largura disponível nos pareceu menos expressiva do que o esperado pelas dimensões externas do carro; o ocupante central sofre com o encosto. Ao bascular o banco para acesso à terceira fila, seu assento sobe para que o encosto seja rebatido e então corra para frente. O acesso até lá é aceitável, assim como a altura útil, e as pernas de um adulto até encontram algum espaço, mas ficam em posição desconfortável. Como habitual, são lugares para crianças ou em pequenos trajetos.

O compartimento de bagagem do Emotion leva 580 litros até a cobertura e 1.562 litros com segunda fila de bancos rebatida e carga até o teto. No Precision o espaço é pequeno com sete lugares (145 litros), mas chega a 2.301 litros com todos os bancos — exceto o do motorista, claro — rebatidos. Abaixo do assoalho há espaço adicional para 103 litros no Emotion (22 no Precision) e, sob o carro, vem o estepe estreito de uso temporário.

Desempenho discreto   Ao contrário do Journey, trazido ao Brasil apenas com motor V6 de 2,7 litros, o Freemont chega com o quatro-cilindros de 2,4 litros que a Dodge oferece nos EUA — uma primazia mundial no caso do Fiat, que aos italianos só oferece motores a diesel por enquanto. A unidade motriz, fruto de projeto conjunto com Hyundai e Mitsubishi, tem características modernas como bloco de alumínio, quatro válvulas por cilindro (o comando é acionado por meio de corrente) e variação do tempo de abertura das válvulas tanto de admissão quanto de escapamento.

A potência de 172 cv e o torque de 22,4 m.kgf não ficam muito atrás dos oferecidos pelo antigo V6 do Journey (185 cv e 25,5 m.kgf), embora a versão Dodge esteja para receber no Brasil o vigoroso motor Pentastar V6 de 3,6 litros e 283 cv. A Fiat destaca sua boa distribuição de torque, com 75% do máximo presentes já a 1.300 rpm, mas o motor lida com um peso acima da média da categoria, de 1.755 a 1.809 kg conforme a versão. Continua

O ajuste elétrico do banco do motorista, opcional, não inclui reclinação do encosto; atrás há assentos elevados para levar crianças maiores  

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