O Grand progresso do Siena

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Ao lado do bom trabalho de estilo e do aumento de espaço, a Fiat
reservou ao sedã um notável avanço em comportamento dinâmico

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

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Alguns acharam muito asiático, mas o desenho tem equilíbrio e ampla distinção do Palio; a versão Essence traz rodas de 16 pol em alumínio

 
 

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Em vez do motor E-Torq 1,6, o acabamento Attractive vem com o Fire de 1,4 litro, mas seu preço fica só R$ 1,8 mil abaixo com ar-condicionado

Depois de 14 anos e mais de 800 mil unidades vendidas como um Palio com porta-malas saliente, o Fiat Siena assume sua independência. Agora chamado de Grand Siena — embora o nome Grand apareça só nas colunas traseiras, longe do logotipo Siena da tampa do porta-malas —, o sedã compacto aproveita parte da plataforma do novo Palio, mas ganha linhas bastante próprias e maior distância entre eixos.

Com a primeira reformulação completa do modelo, a Fiat vem responder a lançamentos recentes no segmento como Chevrolet Cobalt, Nissan Versa, o Ford Fiesta importado e, não tão novo assim, o Volkswagen Voyage. Para combatê-los, a Fiat trabalhou sobretudo em três frentes: desenhar um sedã de linhas atuais e identidade bem distinta do hatch, ampliar o espaço interno em relação ao modelo anterior e melhorar seu comportamento dinâmico.

O Grand Siena chega em três versões. A Attractive, ao preço sugerido de R$ 38.710, vem com motor Fire Evo de 1,4 litros e é equipada de série com bolsas infláveis frontais, freios com sistema antitravamento (ABS) e distribuição eletrônica entre os eixos (EBD), faróis de neblina, cinco encostos de cabeça, direção assistida, controle elétrico de vidros dianteiros (um-toque) e das travas, chave do tipo canivete com comando de travamento, volante com regulagem de altura, computador de bordo com duas medições, alerta de limite de velocidade, para-brisa com faixa degradê e comando interno de abertura do tanque de combustível.

Seus opcionais são aquecedor, ar-condicionado (quase R$ 3 mil), para-brisa com desembaçador térmico, sensores de estacionamento traseiros, faróis e limpador de para-brisa automáticos, retrovisor interno fotocrômico, volante de couro com comandos de áudio, apoio de braço para o motorista, vidros traseiros e retrovisores externos com comando elétrico, banco do motorista com regulagem de altura, rodas de alumínio (de 15 em vez de 14 pol), rádio/CD com MP3, outro rádio com viva-voz Bluetooth e conexões USB e Ipod, painel em dois tons e acabamento interno em tecido superior.

O Grand Siena Essence tem motor E-Torq de 1,6 litro e 16 válvulas e adiciona ao Attractive ar-condicionado, rodas de alumínio de 16 pol, banco do motorista com regulagem de altura, indicador de temperatura externa, luzes de leitura dianteiras, detalhes internos cromados e frisos laterais cromados. Custa R$ 43.470 com câmbio manual e R$ 46 mil com o automatizado Dualogic, que mantém as cinco marchas. As opções são bolsas infláveis laterais nos bancos dianteiros, controlador de velocidade (de série no caso do Dualogic) e os mesmos outros itens oferecidos no Attractive. Com câmbio automatizado, ele pode ainda ter alavancas de seleção de marchas tipo borboleta no volante. Com tudo, o preço vai a R$ 52.626. Em abril surge a opção de teto solar como o do Punto.

De olho em frotas e taxistas, a Fiat fez também a versão Tetrafuel, já existente no anterior. O nome indica a possibilidade de uso de quatro combustíveis pelo motor de 1,4 litro: gasolina brasileira, álcool, gasolina sem álcool (comum em países vizinhos, como a Argentina) e gás natural. Como no modelo antigo, a instalação de gás vem de fábrica. Os itens de série e opcionais repetem os do Attractive, com três exceções: o ar-condicionado é padrão, mas chave com comando de travas e faróis de neblina são cobrados à parte. A versão sai por R$ 48.219. Em qualquer dos carros, a garantia é de um ano.

Pelas características e preços, o Attractive concorre com Cobalt LS 1,4 (R$ 39.980), Fiesta 1,6 nacional (R$ 37.680), Versa S 1,6 16V (R$ 35.490), Peugeot 207 Passion XR 1,4 (R$ 38 mil), Renault Logan Expression 1,6 (R$ 32.820) e Voyage 1,6 básico (R$ 37.130). Já o Essence encara Cobalt LT 1,4 (R$ 43.780), Fiesta SE 1,6 16V mexicano (R$ 47.950), Versa SL 1,6 16V (R$ 43 mil), 207 Passion XS 1,6 16V (R$ 46 mil), Renault Symbol Privilège 1,6 16V (R$ 44.900) e Voyage Comfortline 1,6 (R$ 43.820). Desses, só o VW oferece câmbio automatizado e o Peugeot dispõe de um automático. Claro que há diferenças no conteúdo de série de cada modelo que devem ser consideradas.

O Siena que conhecemos não sai de produção por enquanto, mas tem a oferta limitada ao acabamento EL com duas opções: motor de 1,0 litro, por R$ 31.180, e de 1,4 litro por R$ 33.300. Nos dois casos houve redução de R$ 2.850, mas a direção assistida de série se tornou opcional. Com o tempo, pode ser que surja o Grand com o motor de menor cilindrada para extinguir de vez a versão anterior.

Em comum, só as portas   Ao contrário do modelo antigo em suas quatro fases (não eram gerações), o Grand Siena pouco aproveita do novo Palio em termos de aparência: apenas a seção central, com para-brisa e portas dianteiras. Dali para frente, muda tudo, incluindo para-lamas; das portas traseiras (inclusive) para trás, também nada em comum. Pela primeira vez a distância entre eixos é mais longa no sedã: 2,511 metros, ante 2,42 m do novo Palio e 2,37 m de ambos os modelos antigos.

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Data de publicação: 26/3/12

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