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O motor derivado do Fire tem boa potência específica e torque constante em uma ampla faixa; no Punto (esquerda) nota-se mais o som de admissão

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Boa reserva de potência e suspensões bem controladas tornam ambos os "irmãos" carros prazerosos de dirigir, cada um com sua identidade

A simulação de desempenho indicou boas marcas para ambos, como máxima de 203 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em menos de 10 segundos, além de rápidas retomadas e consumo aceitável. O menor peso do Punto manifesta-se por pequena margem nas acelerações e retomadas (veja números e análise detalhada). O câmbio manual usado pelos dois carros tem engates precisos e relativamente macios e requer uso de anel-trava para engate da ré.

As suspensões recalibradas mostram alta carga de amortecedores e amplo controle dos movimentos da carroceria. Se o Linea se comporta muito bem em curvas, o Punto chega a entusiasmar: a aderência dos pneus parece não ter limite e a atitude é praticamente neutra, sem a habitual tendência a sair logo de frente, nem reação de soltar a traseira quando se deixa de acelerar. Como as molas não são duras demais nem os pneus de perfil baixo incomodam, ambos mantêm razoável conforto em piso irregular — e transpõem bem lombadas, com altura livre adequada. Os freios estão bem de acordo com seu desempenho e trazem sistema antitravamento (ABS) de série; a direção concilia baixo peso em manobras e precisão em velocidade.

Ao fim da comparação, as diferenças entre os "irmãos" ficaram bem claras. Não só na aparência, no acabamento e no espaço interno e de bagagem, mas também em fatores como nível de ruído e conforto dos bancos, que contribuem para as "personalidades" diversas desses carros com tanto em comum. Não menos importante, a Fiat merece uma nota positiva por oferecer versões de alto desempenho e com turbocompressor — que hoje apenas ela usa em motores a gasolina na produção nacional — tanto para quem busca um hatch "quente" quanto para quem procura um sedã rápido e discreto.

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Rodas e pneus têm a mesma medida nos dois carros; a suspensão e os freios do Punto, no entanto, passaram por mais alterações que os do Linea

O turbo IHI trabalha com pressão máxima de 1 bar; o manômetro no painel indica que ela é mais alta ao redor de 2.000 rpm que acima disso

Comentário técnico
> Embora derivado do Fire de 1,4 litro e oito válvulas que equipa o Punto Attractive e outros Fiats, o motor dos T-Jets tem diversos componentes exclusivos, a começar pelo cabeçote com duplo comando e quatro válvulas por cilindro, a exemplo do que vem no Fiat 500. A alteração mais importante é o turbocompressor IHI RFH3, refrigerado a água, que trabalha com resfriador de ar e sob pressão máxima de 1 bar. Pelo que se nota no manômetro digital no painel (ainda que ele não traga dígitos, apenas um gráfico), essa pressão é atingida cedo, por volta de 2.000 rpm, e tende a cair em rotações mais altas. A carcaça da turbina é feita de uma liga de ferro fundido à base de níquel, altamente resistente.

> A Fiat destaca ainda os pistões leves e com cargas de anéis otimizadas; trem de válvulas mais leve; tuchos hidráulicos; sub-bloco de alumínio com mancais em ferro fundido integrados, que traz maior rigidez do bloco do motor e diminui vibrações; junta do cabeçote metálica em várias camadas, para melhor vedação que em uma junta única; válvulas de escapamento feitas de Nimonic, liga de níquel e cromo com alta resistência ao calor e à pressão; sistema de arrefecimento com circulação em “U” e maior vazão; coletor de escapamento do tipo 4 em 2 em 1, que reduz o retorno de gases queimados à câmara de combustão; volante do motor com dupla massa, também para reduzir vibrações; e cárter estrutural em alumínio para maior rigidez do conjunto.

> A taxa de compressão de 9,8:1 é mais baixa que no motor aspirado (10,35:1 no oito-válvulas flexível em combustível, 10,8:1 no 16-válvulas a gasolina do 500), para compensar em parte a sobrepressão do turbo e afastar o risco de detonação. E, curiosidade, esse motor é o único nas linhas Punto e Linea a usar gerenciamento eletrônico de injeção e ignição Bosch, em vez de Magneti Marelli.

> As suspensões também contam com mudanças. No caso do Punto, as molas são 17% menos flexíveis na frente e 8% na traseira em relação às da versão Sporting, os amortecedores são mais firmes, há uma barra estabilizadora de 18,5 mm de diâmetro atrás (ausente das demais versões) e a barra dianteira passa de 19 para 20 mm. Mudam ainda os pneus de 195/55 R 16 (Sporting) para 205/50 R 17 e o diâmetro de giro mínimo aumenta de 10,9 para 11,8 metros. Ao contrário do que se pode esperar, o vão livre do solo é mantido — na verdade até cresce de 132 mm dos Puntos 1,6 e 1,8 para 135 mm no T-Jet, uma margem mínima. Só a versão Attractive 1,4 tem vão maior, 159 mm.

> No Linea, embora a fábrica não detalhe as alterações, o processo foi semelhante, mas não há estabilizador na traseira. Ainda, os pneus têm a mesma largura dos 205/55 R 16 da versão Absolute e o diâmetro de giro é igual em qualquer acabamento do sedã.

> Nos freios, o Punto ganhou discos maiores à frente (284 mm ante 257 do Sporting) e discos de 251 mm na traseira, onde a outra versão usa tambores. No Linea não há novidades, sendo o mesmo sistema das versões de 1,9 litro, que já usa discos de iguais diâmetros. Em ambos é de série o sistema antitravamento (ABS) Bosch 8.1, de moderna geração, que inclui distribuição de força entre os eixos (EBD).

 

Ficha técnica

MOTOR - transversal, 4 cilindros em linha; bloco de ferro fundido, cabeçote de alumínio; duplo comando no cabeçote, 4 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 72 x 84 mm. Cilindrada: 1.368 cm3. Taxa de compressão: 9,8:1. Potência máxima: 152 cv a 5.500 rpm. Torque máximo: 21,1 m.kgf de 2.250 a 4.500 rpm. Injeção multiponto sequencial, turbocompressor, resfriador de ar. Potência específica: 111,1 cv/l.

CÂMBIO - manual, 5 marchas; tração dianteira. Relações: 1ª) 4,27; 2ª) 2,24; 3ª) 1,52; 4ª) 1,16; 5ª) 0,92; diferencial, 3,73. Velocidade por 1.000 rpm (em km/h): 1ª) 8; 2ª) 14; 3ª) 21; 4ª) 28; 5ª) 35.
FREIOS - dianteiros a disco ventilado, 284 mm ø; traseiros a disco, 251 mm ø; antitravamento (ABS).
DIREÇÃO - de pinhão e cremalheira; assistência hidráulica; diâmetro de giro, 11,8 m (Punto) e 10,9 m (Linea).
SUSPENSÃO - dianteira, independente, McPherson, mola helicoidal, estabilizador; traseira, eixo de torção, mola helicoidal (estabilizador no Punto).
RODAS - 6,5 x 17 pol.; pneus, 205/50 R 17.
DIMENSÕES (Punto) - comprimento, 4,03 m; largura, 1,687 m; altura, 1,505 m; entre-eixos, 2,51 m; bitola dianteira, 1,471 m; bitola traseira, 1,467 m; coeficiente aerodinâmico (Cx), 0,34; capacidade do tanque, 60 l; porta-malas, 280 l; peso, 1.230 kg; relação peso-potência, 8,1 kg/cv.
DIMENSÕES (Linea) - comprimento, 4,56 m; largura, 1,73 m; altura, 1,505 m; entre-eixos, 2,603 m; bitola dianteira, 1,476 m; bitola traseira, 1,482 m; coeficiente aerodinâmico (Cx), 0,33; capacidade do tanque, 60 l; porta-malas, 500 l; peso, 1.305 kg; relação peso-potência, 8,6 kg/cv.
CARROS AVALIADOS - Ano-modelo, 2010 (Punto) e 2009 (Linea); pneus, Pirelli P6; quilometragem inicial, 5.000 km (Punto) e 12.000 km (Linea).
GARANTIA - 1 ano (Punto) e 3 anos (Linea) sem limite de quilometragem; informações de fábrica, 0800 7071000.

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