Quem vê cara...

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...não sabe como é prazeroso dirigir o novo Ford Fiesta hatch,
mas seu preço ficou alto diante dos concorrentes locais

Texto: Fabrício Samahá e Lincoln Duarte - Fotos: divulgação

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A frente tem outra grade e leds no para-choque, mas é a traseira 35 cm mais curta que a do sedã a responsável por um desenho mais esportivo

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O interior repete o do três-volumes, com opção de bancos de couro e espaço modesto no banco traseiro, mas há opção pelo sistema Sync

Primeiro o hatchback, depois o sedã. Essa tem sido a regra, à qual aparecem exceções de vez em quando, e a nova geração do Ford Fiesta é uma delas. O modelo de cinco portas, lançado em 2008 na Europa, ficou em espera enquanto o sedã de quatro portas — de início apresentado na China e depois nos Estados Unidos — chegava antes ao mercado brasileiro, no ano passado. Agora é a vez do hatch, que aparece com mais novidades que a simples eliminação do porta-malas saliente.

Ainda não é o momento para o Fiesta antigo, fabricado em Camaçari, BA, sair de produção: a Ford vai fazê-los conviver, por meio da diferença de preços, até que a nova geração esteja pronta para sair da linha de produção baiana, o que deve acontecer ainda em 2012. Até lá, o novo carro vem do México — de onde já se importava o sedã — com motor Sigma flexível de 1,6 litro e 16 válvulas sem recolher Imposto de Importação, o que permite preço mais próximo ao de concorrentes nacionais.

A Ford definiu uma única versão, SE, com três catálogos de equipamentos. O básico, ao preço sugerido de R$ 48.950, traz bom conteúdo de conveniência, mas modesto em segurança: ganchos para ancoragem de cadeira infantil (padrão Latch), rodas de alumínio de 15 pol com pneus 185/60, alarme antifurto, ar-condicionado, direção com assistência elétrica, controles elétricos (quatro vidros com função um-toque para o do motorista, travas das portas e retrovisores), computador de bordo, rádio/toca-CDs com MP3 e entrada auxiliar, volante com ajuste de altura e distância, banco do motorista com regulagem de altura, limpador do para-brisa intermitente com velocidade variável, banco traseiro bipartido e cinco porta-copos.

O sedã havia sido criticado por não oferecer um meio-termo entre o pacote básico, sem bolsas infláveis, e o completo, que vinha com sete (duas frontais, duas laterais dianteiras, duas cortinas para a área lateral de vidros e uma para os joelhos do motorista). No hatch essa incoerência foi revista: o segundo catálogo, de R$ 51.950, acrescenta bolsas infláveis frontais, assim como freios com sistema antitravamento (ABS) e vários recursos não disponíveis até agora no sedã. São eles: controle eletrônico de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa e sistema multimídia Sync, que inclui conexão Bluetooth para telefone celular, entrada USB e comando de voz em português para funções de áudio e telefone.

O último catálogo, por R$ 54.950, traz ainda revestimento interno em couro, luzes dianteiras de leds com moldura cromada no para-choque, rodas de alumínio de 16 pol com pneus 195/50, apoio de braço integrado ao banco do motorista, luz de leitura traseira, terceiro encosto de cabeça no banco de trás e retrovisores com luzes indicadoras de direção, aquecimento e área convexa para diminuir pontos cegos. Bem que poderia vir com teto solar como opcional.

A Ford destaca a garantia de três anos, única na categoria (a não se considerar como concorrente o Renault Sandero, de menor preço), mas o fato é que o Fiesta está algo caro diante do principal adversário. O Fiat Punto Essence com motor equivalente de 1,6 litro e 16 válvulas (115 cv com gasolina, 117 cv com álcool), parte de R$ 42.690 e há opção pelo de 1,75 litro (130/132 cv) por R$ 45.210. Outro oponente é o decano VW Polo Sportline de 1,6 litro (101/104 cv), que custa mais, R$ 51.360. O que ambos oferecem, e o Fiesta ainda não, é a opção de câmbio automatizado
embora a Ford disponha na produção mexicana de uma eficiente caixa de dupla embreagem, que lhe daria primazia nesse segmento.

Mesmo comparado ao ainda jovial Punto, o Fiesta impressiona bem pelo desenho moderno, que leva a extremos as atuais tendências, como a linha de cintura ascendente rumo à traseira. A frente é a mesma do sedã, mas com grade própria na cor da carroceria e a citada opção de leds para luz diurna em molduras cromadas no para-choque. Se a distância entre eixos (a mesma da geração anterior, 2,49 metros) não muda em relação ao três-volumes, o fato é que o hatch consegue harmonia bem maior, pois a traseira é importantes 35 centímetros mais curta. E é desse ângulo que o novo modelo parece agradar mais, com um porte robusto e bom arranjo de curvas e arestas para transmitir modernidade. Continua

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O aparelho de áudio opcional inclui recursos para telefone celular e comando de voz; o retrovisor conta com seção convexa para melhor visão

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Data de publicação: 6/10/11

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