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Se o espaço interno impressiona bem, os materiais de acabamento não seguem o nível de Fit e Civic; a versão EXL traz revestimento em couro

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Painel bem legível e sempre iluminado, computador de bordo parcial, banco traseiro com encosto de cabeça e cinto de três pontos para três

No console vem um local com tampa para conectar e guardar toca-MP3

A dianteira lembra muito a do Civic, com faróis afilados que se juntam às luzes de direção e invadem os para-lamas. A forma de cunha acentuada é outra marca registrada e de inspiração do sedã maior. Infelizmente, o City não foi na mesma direção do Civic ao adotar faróis com refletor simples em vez de duplo, solução de baixo custo incompatível com sua faixa de preço. A lateral é a parte mais bonita: o recorte das portas e o formato em cunha com traseira alta formam um conjunto muito harmônico e belo, exemplo a ser seguido. A Honda diz que esse formato tem inspiração na forma de uma flecha a ser lançada. Não precisava ir tão longe, pois o desenho fala por si só.

Como resultado de uma carroceria toda desenhada para ter três volumes, e não adaptada de um hatch, a porção traseira casa muito bem com o resto do veículo, com lanternas em posição elevada e de desenho agradável. Os cantos do para-choque têm corte que o fazem menos anguloso, corte esse que é acompanhado pelas lanternas e forma um jogo de ângulos interessantes.

Espaço surpreendente   O interior segue o padrão Honda. O desenho básico do painel é o mesmo do Fit, mas com instrumentos e a porção central diferentes. Os plásticos são agradáveis ao tato, mas poderiam melhorar em aspecto para se igualar aos do Fit, que traz melhor impressão. Os instrumentos estão na mesma posição do hatch, só que têm outro acabamento e dispensam os "cilindros" externos em prol de uma unidade com velocímetro, conta-giros e marcador de combustível no mesmo plano. O conjunto está sempre aceso e, abrindo-se a porta do carro, as luzes do quadro também se acendem. Não há marcador de temperatura, a exemplo do Fit, mas sim luzes-piloto para motor frio e em superaquecimento. Um computador de bordo parcial indica consumo médio e autonomia.

O volante é a unidade encontrada no Civic e no Fit, com excelente pega. A posição dos comandos está dentro dos padrões e não traz dificuldades de visualização e operação, mas o espaço vertical nos bancos dianteiros é claramente menor que no Fit, ponto a ser considerado pelos mais altos. O tecido dos bancos, embora agradável de se olhar e com aspecto de ser resistente, poderia ser um pouco mais requintado na versão EX, já que é o mesmo da LX. Interessante é o berço para um reprodutor externo de áudio com cobertura no console, deixando o equipamento em local próprio, além de ser possível controlá-lo através do rádio. Por outro lado, faltam no aparelho teclas para seleção de emissoras memorizadas. Também não há interface Bluetooth para telefone celular.

O banco traseiro permite, além do rebatimento total para a colocação de bagagens mais compridas, a inclinação do encosto em 8° para que os passageiros usufruam um conforto um pouco maior em viagens longas, prejudicando muito pouco a capacidade do porta-malas. O banco ainda conta em todas as versões com apoio de braço central com porta-copos, três encostos de cabeça e cintos de três pontos para todos os passageiros, além de porta-objetos embaixo do assento. Não foi previsto, porém, o mecanismo de rebatimento deste junto ao encosto, que no Fit facilita o transporte de volumes altos no assoalho traseiro, embora no sedã o tanque de combustível também esteja debaixo dos bancos dianteiros. Tanque que é um tanto modesto em capacidade: 42 litros.

O porta-malas é um destaque do carro. Com capacidade para 506 litros, coloca-se entre os maiores do mercado e tem uma superioridade incontestável sobre o de diminutos 340 do Civic (no Fit são 384). Em conjunto a isso está o espaço interno digno de carros de categoria superior. O City acomoda com conforto três pessoas no banco traseiro e ainda tem muito espaço para as pernas, mesmo com os bancos dianteiros ajustados para ocupantes de estatura avantajada.

Também usado no Fit, o motor 1,5 com comando de válvulas variável i-VTEC rende potência de 115/116 cv (gasolina e álcool) a 6.000 rpm e torque de 14,8 m.kgf a 4.800 rpm com qualquer dos combustíveis. Apesar das rotações de torque e potência máximos um tanto altas, o sistema i-VTEC se encarrega de oferecer boas respostas em baixa rotação, por meio da variação de tempo de abertura das válvulas de admissão. O sistema faz com que em baixas rotações a segunda válvula de admissão abra muito pouco, para que o motor praticamente atue como uma unidade de 12 válvulas. Continua

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