O interior, de aspecto atual,
traz farto equipamento de série e novidades como computador de bordo; ao
lado da alavanca de câmbio, a de seleção do modo de tração
Mesmo com as limitações de um
picape, como a capacidade de mais de 1.000 kg, o Triton tem rodar
agradável e seu desempenho é bastante convincente |
Novo chassi e nova suspensão dianteira, com mola helicoidal em vez de
barra de torção, visaram a um rodar aprimorado para o tipo de veículo. O
diâmetro mínimo de curva bem pequeno para seus três metros de distância
entre eixos — 11,9 metros, o menor da categoria — com certeza será
apreciado, tanto em situações fora-de-estrada quanto ao estacionar numa
vaga de shopping center.
O Triton traz elementos de segurança como freios com sistema
antitravamento (ABS) e distribuição eletrônica das forças de frenagem
(EBD), pinças de freio fixas de dois pistões, duas bolsas infláveis
frontais, pedais que se desarmam em caso de impacto e cintos de
segurança dianteiros com pré-tensionador e limitador de força. As rodas,
estepe inclusive, são de alumínio de 16 pol com pneus Pirelli Scorpion
265/70-16 — maiores do que na versão tailandesa por questão de
preferência de mercado, segundo a Mitsubishi.
A transmissão é a chamada Easy Select da marca, com modos 4x2 na
traseira, 4x4 e 4x4 com redução. O comando único é por alavanca no
assoalho para 4x4 e reduzida. A redução adicional é de 1,9:1, o
diferencial traseiro conta com bloqueio
tipo pré-carga e a roda-livre é automática. A passagem de 4x2 a 4x4 pode
ser feita até 100 km/h, mas a reduzida exige parada completa do veículo.
Num mostrador entre o velocímetro e o conta-giros são indicados a
posição da alavanca do câmbio automático e a condição da tração do
veículo. A altura livre do solo é de 22 centímetros, com ângulo de
entrada de 39°, de saída de 26° e de rampa 27°, o que habilita o Triton
para se aventurar fora do asfalto.
Num picape dessa categoria encontram-se os itens que o mercado exige e
aprecia, como bancos, volante e manopla de câmbio e de caixa de
transferência revestidos em couro; rádio/CD com
MP3 e entrada auxiliar frontal USB para
toca-MP3 portátil; nove luzes de cortesia; nove porta-objetos;
sobretapetes de carpete; mostrador central no painel com bússola,
altímetro, barômetro, termômetro, relógio digital, calendário e
computador de bordo; ar-condicionado automático; ajuste de altura do
volante e do banco do motorista; banco do passageiro com gaveta sob o
assento; console de teto com porta-óculos; console central com porta-CD
integrado; vidros elétricos um-toque com
antiesmagamento; comando de travas a
distância; porta-luvas iluminado com chave, entre outros.
No exterior, grade dianteira com moldura cromada, retrovisores e
maçanetas cromados, estribos, terceira luz de freio incorporada à tampa
da caçamba, faróis de neblina, degrau para a caçamba, seis ganchos
internos, repetidoras dos indicadores de direção, pára-brisa com faixa
degradê, dois ganchos dianteiros para reboque e engate traseiro
removível, entre outros detalhes, conferem o visual adequado ao Triton.
No Brasil, o veículo recebeu pára-choque traseiro em atendimento a
nossas normas.
Como andam
O elevado peso dos picapes normalmente prejudica o desempenho, mas o
Triton não pode ser chamado de lento, pelo contrário. Embora o
fabricante não informe desempenho (e nem consumo), os coeficientes
peso-potência das versões a gasolina (9,27 kg/cv) e a diesel (11,7
kg/cv) indicam disposição de sobra para andar rápido quando necessário,
como observado no pequeno teste em estradas próximas à fábrica. O nível
de ruído a bordo é moderado e a 120 km/h os motores mantêm baixa
rotação, 2.400 rpm na versão a diesel automática e 2.200 rpm na a
gasolina (não havia diesel com caixa manual para avaliação).
Continua |