Clique para ampliar a imagem Clique para ampliar a imagem Clique para ampliar a imagem
Clique para ampliar a imagem

Clique para ampliar a imagem

No amplo e luxuoso interior, novidades como console sem alavanca de câmbio, partida do motor por botão e três zonas de ajuste de ventilação

Clique para ampliar a imagem

Clique para ampliar a imagem

A tela elevada serve para exibir vídeos e imagens da câmera traseira em manobras; no E 500 os bancos têm ajuste dinâmico do apoio lateral

Clique para ampliar a imagem

O V6 3,5, que vem ao Brasil sem injeção direta, movimenta bem o E 350

Sem dúvida, a maioria das pessoas vai considerá-lo um belo carro, mas, não fosse a estrela de três pontas no capô, talvez não se identificasse de cara o novo Classe E como um Mercedes. Se ele está mais global que a característica geração anterior, há de se valorizar a tentativa do fabricante alemão de continuar renovando a tradição estética, tanto da marca quanto do modelo.

O cliente habituado a esse Mercedes se sentirá em ambiente conhecido no interior, apesar das mudanças. A disposição dos instrumentos é a mesma de antes, com o grande velocímetro alojando um mostrador digital com informações complementares. Também não poderia faltar o ótimo ajuste elétrico dos bancos nas portas, bem visível, em que cada botão reproduz a parte — assento, encosto e apoio de cabeça — a ser regulada. Os bancos podem ser ajustados na exata medida do conforto de cada motorista e passageiro, mas, se o retrovisor interno é generoso, os externos poderiam ser um pouco mais amplos.

Entre as novidades, a tela central que serve a funções como sistema de áudio e entretenimento agora vem em posição elevada, acima dos difusores de ar centrais, enquanto os comandos de climatização desceram. As funções são controladas por um botão no console que pode ser girado e movimentado, como nos sistemas similares de Audi e BMW. E a alavanca da caixa automática passa a ser um pequeno comando na coluna de direção, o que abriu espaço no console central. Atrás do volante vêm comandos para mudanças manuais entre as sete marchas.

Inovações em segurança   Na Europa o novo Classe E oferece nada menos que nove versões de motores, sendo cinco a gasolina (1,8-litro turbo de 184 ou 204 cv, V6 3,5 com injeção direta e 292 cv, V8 5,5 de 388 cv e o V8 6,2 de 525 cv do AMG) e quatro a diesel (um de quatro cilindros com 136, 170 ou 204 cv e um de seis com 231 cv). Para o Brasil, porém, foi mantido o V6 de 3,5 litros com injeção indireta da geração anterior ao lado do V8 5,5. A Mercedes alega que está trabalhando na adaptação à gasolina nacional da injeção direta, que a concorrência usa por aqui já há algum tempo.

Embora com o sistema houvesse 20 cv a mais e redução de consumo e emissões, não se pode dizer que falte desempenho ao E 350. Com potência de 272 cv e torque de 35,7 m.kgf presente na faixa de 2.400 a 5.000 rpm, o V6 lida bem com os 1.735 kg do sedã, pois são apenas 6,3 kg/cv. A Mercedes informa aceleração de 0 a 100 km/h em 6,4 segundos e velocidade máxima limitada pela central eletrônica em 250 km/h — padrão firmado entre o governo alemão e alguns fabricantes do país. Naturalmente, o V8 de 5,5 litros do E 500 deixa tudo mais interessante, apesar do peso de 1.830 kg. São 388 cv e 54,1 m.kgf (também com boa distribuição: de 2.400 a 4.800 rpm), para 0-100 em 5,2 segundos e a mesma máxima.

A suspensão, que mantém o esquema de braços sobrepostos à frente e multibraço atrás, agora traz de série um ajuste automático dos amortecedores às condições de uso, que os deixa mais firmes em caso de manobras rápidas em velocidade, por exemplo. No E 500 vem o sistema com molas pneumáticas, pela primeira vez associado a controle eletrônico de amortecimento, com seleção entre modos confortável e esportivo.

Mas o grande destaque é o pacote de segurança. Entre os recursos inovadores estão faróis cujo facho se adapta às condições da via, ajustando a largura e o alcance (entre 65 e 300 metros) conforme haja ou não tráfego em sentido contrário, percebido por uma câmera no para-brisa. Outro é o monitor de atenção Attention Assist, que analisa 70 parâmetros do motorista e o alerta caso perceba que ele está sonolento ou distraído. Entre esses parâmetros estão o uso de comandos e do volante, a forma de condução (com base em velocidade e acelerações longitudinal e transversal) e o tempo decorrido ao volante.

Infelizmente não chegaram ao Brasil dispositivos como controle de evasão da faixa de rolamento (faz vibrar o volante caso o motorista deixe o carro sair da faixa sem acionar a luz de direção), monitor de veículos em pontos cegos de visão e auxílio à visão noturna, que agora é capaz de distinguir pedestres de objetos inanimados. Por outro lado, em segurança passiva ele traz todo o aparato previsto, como oito bolsas infláveis e o sistema Pre-Safe que, ao detectar risco de acidente, fecha vidros e teto solar, move encostos de bancos e toma outras medidas para diminuir o risco de ferimentos. A carroceria, que está 30% mais rígida que a anterior, tem quatro estágios de deformação na parte dianteira e o capô se ergue na parte traseira em caso de atropelamento, para afastar a pessoa atingida dos órgãos mecânicos. Continua

Passado e futuro
A Mercedes soube preparar um lançamento interessante a quem aprecia automóvel, reunindo em um resort em Angra dos Reis não só a frota do novo Classe E para avaliação dos jornalistas, como também seis exemplares de gerações antigas do modelo para evidenciar a evolução de um carro que sempre foi referência do setor. Na foto ao lado, a partir da esquerda, estão um sedã da geração W114/W115 lançada em 1968, um 280 E 1984 da linha W123, um 300 E 1991 da série W124 e um E 320 1998 da linha W210, seguindo-se mais um W123 e outro W114/W115.

Mesmo o exemplar mais antigo, um 250 de 1969, já comprova qualidades técnicas, de conforto e durabilidade dos carros da marca. Uma surpresa ainda maior foi a versão cupê do Classe E, um dos próximos lançamentos da marca no Brasil. Por fora, sua beleza é destacada pelo pequeno vidro junto às colunas traseiras, que amplia a visibilidade sem comprometer a sustentação do teto, importante pela ausência de colunas centrais.
Clique para ampliar a imagem

Avaliações - Página principal - Escreva-nos

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados