

As linhas agradáveis e com ar
robusto são um atrativo do Tiguan, que vem em versão única com farto
equipamento de série por R$ 124.190


O interior é mais espaçoso do
que se espera e traz ajustes do banco traseiro em distância e
reclinação; o revestimento de couro é opcional |
Primeiro foi o Touareg, um utilitário
esporte de alto luxo, desempenho e preço. Agora chegou a vez do Tiguan,
um SUV compacto com preço, digamos, mais acessível: a partir de R$
124.190. Trata-se do primeiro modelo dessa categoria produzido pela
Volkswagen — em Wolfsburg, Alemanha — e marca em definitivo a entrada da
marca alemã no disputadíssimo segmento. Pelo preço, os principais
concorrentes são Chevrolet Captiva V6,
Honda CR-V, Land Rover Freelander,
Mitsubishi Outlander, Toyota RAV4 e
Volvo XC 60, além do Hyundai Tucson V6,
mais barato, e do Santa Fe, que é maior.
O nome, derivado da associação de tigre e iguana, caiu bem para o Tiguan.
De dimensões compactas (4,42 metros de comprimento, 1,80 m de largura,
1,66 m de altura) e visual elegante e imponente, o modelo realmente
transmite sensação de força (seu lado "tigre") ao primeiro olhar. Ao
rodar, mesmo que em trecho bem asfaltado durante a maior parte da
avaliação de 160 quilômetros da imprensa, faz-se notar a agilidade (seu
lado "iguana") proporcionada pelo motor de 2,0 litros com
turbocompressor,
injeção direta e potência de 200 cv, o
mesmo já conhecido no Passat, associado ao câmbio automático Tiptronic
de seis marchas.
O Tiguan é dotado de tração integral batizada 4Motion de série, que
aciona as rodas traseiras apenas quando há perda de aderência das
dianteiras, mediante uma embreagem multidisco Haldex, como em todo
modelo do grupo Volkswagen com motor transversal. Não foi prevista
redução, já que a proposta não é de fora-de-estrada sério. Na Europa
existem versões menos potentes com tração apenas dianteira. O modelo
incorpora também farta tecnologia de segurança, como controle eletrônico
de tração e de estabilidade e monitor de
pressão dos pneus, além do sistema antitravamento (ABS) nos freios.
Incorpora ainda o sistema HBA (Hydraulic Brake Assist) de assistência
adicional em frenagens de emergência, que reconhece a rapidez do
acionamento dos freios e amplia a pressão de frenagem. Um assistente de
saída em aclives, que deve ser acionado — não é automático como em
outras marcas —, mantém o carro freado sem a necessidade de pisar no
freio até que o motorista acelere, impedindo seu recuo. O freio de
estacionamento tem comando elétrico (por botão) e automático, tanto para
acionar quanto para liberar.
O Tiguan agrada em cheio aos olhos. Seu desenho impõe respeito com um
visual limpo, mas de muita personalidade. Ganha destaque o capô formando
uma linha reta sobre os faróis, que por sua vez, inclinados levemente
para baixo, passam a impressão de uma cara de bravo. Já a traseira, mais
discreta, possui conjunto de lanternas bem parecidas com as da SpaceFox.
O charme mesmo fica por conta do teto solar panorâmico, opcional, que
toma praticamente todo o teto do veículo e tem a seção dianteira móvel e
a traseira fixa.
Compacto, mas
confortável
Quem vê o Tiguan do lado de fora pode imaginar que ele nem seja tão
confortável por dentro, sobretudo para os ocupantes do banco traseiro. A
aparência engana: com 2,60 m de distância entre eixos, o utilitário tem
espaço de sobra para quatro ocupantes, embora possa levar cinco em
relativo conforto. O banco traseiro, com encostos rebatíveis e divididos
na proporção 60/40, pode ainda ter a posição ajustada em 16 cm no
sentido longitudinal. Por conta dessa característica, fica fácil
aumentar o espaço para as pernas na parte de trás ou a capacidade do
compartimento de carga, que é modesta, 360 litros.
Continua |