Glossário – B

O glossário de termos técnicos pretende esclarecer termos citados em artigos do site, evitando a repetição de seu significado a cada citação. Não é seu objetivo definir todos os incontáveis termos técnicos relacionados ao automóvel.

 

Balanço: no sentido dimensional, é a medida entre o centro de uma roda e aquela extremidade do veículo. Portanto, a soma dos balanços dianteiro e traseiro à distância entre eixos resulta no comprimento total do veículo. A tendência atual é de balanços cada vez menores, pois o entre-eixos vem crescendo na maioria dos automóveis sem alteração significativa no comprimento.

 

Barra de amarração: ou stress-bar, é um elemento metálico que interliga as torres de uma suspensão, a fim de reduzir a movimentação do chassi provocada pelas solicitações em curvas fortes. O objetivo é manter inalterada a geometria da suspensão, com ganho em estabilidade. Pode ser montada à frente ou atrás, bem como ser conectada a um terceiro ponto, estabelecendo uma triangulação que acentua seu efeito. Entre os carros nacionais equipou por algum tempo o Ford Fiesta (geração lançada em 2002) e o Chevrolet Omegas com motores de 3,0 e 4,1 litros.

 

Batente hidráulico: dispositivo aplicado ao amortecedor para suavizar o movimento de distensão (abertura) do componente, como ao passar por uma lombada de perfil alto ou descer de uma calçada. Sem ele, o amortecedor emite um ruído ao atingir o batente. Adotá-lo é providência relativamente comum no processo de adaptação de um carro à produção nacional.

 

Bloqueio do conversor de torque: presente em todas as caixas de câmbio automáticas, o conversor destina-se a transmitir movimento (torque) por meio hidráulico, ou seja, apenas líquido liga o motor à transmissão. Mas seu deslizamento prejudica o desempenho e o consumo do veículo, pelo que se usa o bloqueio (lock-up). Suas duas metades, a partir de determinada velocidade, unem-se solidamente e anulam o deslizamento, como se fosse uma ligação mecânica entre o motor e a transmissão. O bloqueio é mais comum na penúltima e última marchas, mas há câmbios em que ele opera em todas, como no Honda Civic nacional de 2007 em diante.

 

Bluetooth: tecnologia de baixo custo para comunicação sem fio entre dispositivos eletrônicos por meio de ondas de rádio. Nos automóveis tem sido usada para telefones celulares, que ganham sistema viva-voz usando os próprios alto-falantes do sistema de áudio e um microfone instalado no veículo. Foi introduzido em carros nacionais pelo Fiat Stilo em 2004.

 

Bolsa inflável de duplo estágio: evolução do sistema que tem disparo proporcional à severidade do impacto, inflando-se com menor velocidade (ou mesmo menor volume) caso a colisão seja mais leve. Também chamada de adaptativa.

 

Booster: equipamento ou sistema desenvolvido para aumentar, por certo período de tempo, a pressão de sobrealimentação de um motor. Seu uso normal seria para aumentar momentaneamente a pressão acima do projetado para o motor, a fim de ter potência extra para uma arrancada ou retomada. Mas muitos preparadores preferem fazer motores dimensionados para a pressão de booster, prevendo que o usuário poderá usar tal pressão por um tempo prolongado.

 

Boxer: motor com cilindros opostos pela base, podendo ter apenas dois (como em algumas motos BMW, Citroën 2CV e Dyna Panhard), quatro (Fusca, Porsches 356 e 912, a maioria dos Subarus), seis (Chevrolet Corvair, Porsche 911, Cayman e Boxster) ou mesmo 12 (Ferrari Testarossa, Berlinetta Boxer). A disposição tem como vantagens a baixa altura, que permite adotar um capô mais baixo (para melhor aerodinâmica) ou montá-lo em posição inferior no chassi (para baixar o centro de gravidade). O nome origina-se da semelhança do movimento de seus pistões ao dos braços de um boxeador durante uma luta. Normalmente é montado em posição horizontal, mas pode ser vertical, como em certos helicópteros mais antigos, de motor a pistão.

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