Glossário – T

O glossário de termos técnicos pretende esclarecer termos citados em artigos do site, evitando a repetição de seu significado a cada citação. Não é seu objetivo definir todos os incontáveis termos técnicos relacionados ao automóvel.

 

Taxa de compressão: proporção que indica quantas vezes a mistura ar-combustível é comprimida durante a fase de compressão do motor, antes da combustão. Em uma taxa de 11:1 (lê-se 11 para 1), por exemplo, o volume de mistura inicial representa 11 vezes aquela da mistura já comprimida. Uma taxa de compressão mais alta beneficia tanto o desempenho quanto o consumo, mas pode levar a detonação; portanto, cada motor possui seu limite prático. Em motores com superalimentação (turbo, compressor) a taxa é necessariamente menor. Hoje, a taxa média de motores a gasolina fica entre 10:1 e 12:1; a álcool, entre 12:1 e 13:1; flexíveis em combustível, entre 10:1 e 13:1; e a diesel com turbo, em torno de 16:1.

 

Temporizador: em geral é o dispositivo que mantém em funcionamento os controles elétricos de vidros por algum tempo (um minuto, por exemplo) após se desligar a ignição. O termo aplica-se também a dispositivos similares que mantêm acesos a luz interna ao fechar as portas ou os faróis do automóvel ao piscar o facho alto com o motor desligado, por exemplo.

 

Toca-MP3: sistema de áudio com capacidade para tocar arquivos de música compactos, em formato MP3, em geral obtidos via internet ou pela conversão de arquivos de áudio em outros formatos. A compactação dos arquivos permite que um CD receba, em média, 10 vezes mais músicas em MP3 que no formato convencional.

 

Transeixo: do inglês transaxle, diz-se de todo eixo motriz que contém a caixa de mudanças (transmissão + eixo). Pode ser traseiro ou dianteiro, mas não precisa estar acoplado ao motor. Alguns carros de motor dianteiro trazem conjunto câmbio-diferencial traseiro, como o Chevrolet Corvette.

 

Transmissão continuamente variável, CVT: veja câmbio de variação contínua.

 

Trem de engrenagens epicicloidais: sistema de engrenagens constituído de uma engrenagem central (solar), por sua vez engrenada a uma coroa com dentes internos, mediante um trem contendo engrenagens chamadas planetárias. Dependendo de qual dos três elementos — solar, planetárias e coroa — seja imobilizado, a saída resultante ocorre sob diferentes relações de transmissão: de redução a multiplicação, e inversão (ré).

 

Tucho hidráulico: consiste de um pequeno pistão dentro de um cilindro que é acionado pelo óleo do motor, o que resulta em contato permanente com o ressalto do comando de válvulas. As vantagens são ausência de folga, funcionamento mais silencioso do motor e dispensa de verificação periódica da folga de válvulas. O tucho convencional (chamado erroneamente de mecânico, pois é apenas sólido) tem como vantagem ser mais adequado a altas rotações quando o comando de válvulas fica no bloco, principal razão de seu emprego no famoso motor 250-S do Chevrolet Opala (o tucho hidráulico era usado na versão mais “mansa” desse motor, a 250).

 

Turbocompressor: sistema de superalimentação (em que o ar é forçado para dentro dos cilindros, em vez de apenas aspirado pelo movimento dos pistões) que usa uma turbina e um compressor. A pressão dos gases de escapamento faz girar a turbina, cujo movimento é transmitido por um eixo ao compressor. Um motor com turbo obtém potência específica em média 50% mais alta que a de um equivalente com aspiração natural.

 

Turbocompressor de duplo fluxo: esse tipo de turbo tem a entrada da turbina (parte quente) dividida em duas, separando o fluxo de cilindros que têm tempo de ignição cruzado, o que reduz a pressão contrária à exaustão dos cilindros. Uma das vantagens é a aceleração mais rápida da turbina, pois todos os cilindros a acionam, o que tende a melhorar a resposta em baixa rotação.

 

Turbocompressor de geometria variável: tipo de turbo que usa palhetas móveis na turbina, cuja geometria se modifica em função do regime de giros e da pressão de superalimentação. Com rotação e pressão baixas, as palhetas têm reduzida área de passagem dos gases, o que aumenta a velocidade desses gases: isso acelera o compressor, como se o turbo fosse de menor porte. À medida em que sobem os giros e a pressão do turbo, a posição das palhetas é controlada, aumentando-se a área de passagem dos gases e evitando que o fluxo seja ainda mais acelerado — nesse momento, é como se o turbo fosse de grande capacidade.

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