Senso de responsabilidade entre conjunto mecânico,
rendimento e segurança é destaque do belo modelo de 230 cv
Terceira edição do Audi TT continua ascendente em uso e desempenho. A Audi não se perdeu no caminho de aplicar motores grandes, dedicando-se a melhor desempenho com uma das matrizes da família 3, o quatro-cilindros de 2,0 litros, turbo, com dois sistemas de injeção de combustível: um agindo sobre a cabeça dos pistões, outro no coletor de admissão. Com isso, otimiza a produção de potência a 230 cv e de torque a 37,7 m.kgf.
Com árvore de balanceamento para anular vibrações, acelera liso como motor de moto de média cilindrada. Está ligado a caixa de dupla embreagem e seis marchas, com mudanças por sua conta ou pelo motorista, via alavancas no pequeno volante de ótima empunhadura. É um pequeno esportivo com sólida engenharia alemã e intenso uso de alumínio, contendo o peso em 1.335 kg. A combinação permite acelerar da imobilidade aos 100 km/h em 5,9 segundos com velocidade cortada a 250 km/h.
Andei em estrada limpa e lisa. Apesar de ser de tração dianteira, hora nenhuma perdeu tração, cumprindo as curvas sem sustos, abalos ou inclinações. Se o motor é fiel, educado e responsivo, os freios a disco nas quatro rodas merecem destaque: demandados, funcionam com brio, complementando a ambiência de rico conduzir. Característica interessante, a instrumentação do painel reproduz desenho de instrumentos analógicos, mas é digital e com capacidade de aumentar seu tamanho ao gosto do usuário. Conta-giros segue o caminho aberto pelos MG: em frente ao motorista/piloto.
Em duas versões, Attraction, por R$ 210 mil, e Ambition, R$ 230 mil, com mais componentes de tecnologia, faróis totalmente em leds, seleção de modo de rodagem sobre os grupos mecânicos — motor, câmbio, suspensão e direção —, rodas de 19 pol vestindo pneus 245/35 A medida adotada tem laterais baixas, ótimas para desempenho, mas em desacordo com os buracos nacionais.
Pretende vender 500 unidades este ano. Número elevado, mas o automóvel tem uma espécie de senso de responsabilidade entre seu conjunto mecânico, o rendimento e a segurança. A meu ver o usuário usufruirá muito mais o pacote dinâmico do Audi se comparado com veículos de preço muito superior, como Maseratis, Ferraris, Lamborghinis — de desempenho mais alto, porém diferença difícil de ser usufruída. Neste aspecto a relação custo/usufruto do TT supera os concorrentes performáticos e mais caros.
Para fomentar vendas a Audi oferece pacote com 50% de entrada e a metade restante ao fim do financiamento de 12 vezes com juros de 0,99% a.m.
Mais leve, mais forte, o novo Camaro
Corporação General Motors apresentou sexta geração do Camaro, o 2016. Nada a ver com o anterior, com unidades ainda à venda. Focou o Ford Mustang, instigador de seu surgimento e sempre concorrente maior. Linhas buscando âncora com as modelo dos anos 60; redução de peso em 90 kg pelo uso de alumínio; na plataforma do Cadillac ATS, 4 cm mais curto, e mesmo tipo de motorização do Ford.
Versões de sustentação LT utilizam motor de quatro cilindros e 2,0 litros, turbo, 275 cv, capaz de levá-lo de 0 a 100 km/h em 6 segundos — apto a superar 12 km/litro de gasolina. Novo V6 de 3,6 litros e 335 cv, capaz de desligar cilindros com o funcionamento, ambos com caixa de seis marchas. No topo, na versão SS, V8 de 6,2 litros fazendo 455 cv. À venda no segundo semestre, e projeções de 80.000 unidades em 2016, 30% inferiores às 115 mil previstas para o Mustang.
Projeto de automóvel se inicia pelos pneus — medida, tipo, construção e outros detalhes técnicos. Para o novo Camaro a Goodyear desenvolveu pneu específico, o Eagle Assimetric 3 em aro de 20 pol para as versões SS e Sport All-Season, aro 18, para as LT.
Salón, Buenos Aires, junho
Sétima edição do Salón del Automóvil de Buenos Aires não se restringirá a atrações para os clientes do país vizinho, mas também tê-las-á aos brasileiros. Será avant premiére dos automóveis lá construídos e para cá exportados, como também ocasião de mostrar unidades de produção nacional — ainda não lançadas — aos consumidores do Mercosul.
De nossa produção, atrações maiores com as marcas francesas: pela Renault, versão final do picape Oroch e apresentação do Sandero em versão RS. Outra, Peugeot, apresentará os modelos argentinos 308 e 408 revistos e melhorados. Citroën ausente. Diz, fará outra ação midiática.
Outro argentino cujo maior mercado será o Brasil, Ford Focus, com mudança frontal, ajustes estéticos para marcar a modelia, e implementação em eletrônica de serviços e conforto. Característica maior, grade inspirada no desenho dos ingleses Aston Martin, adotada no restante da linha de automóveis — Ka, Fiesta, Fusion. Utilitário Vito, da Mercedes-Benz, irmão menor do Sprinter. Steve St. Angelo, CEO da Toyota para a América Latina, cortou o barato de quem esperava a presença dos novos SW4 e Hilux, totalmente renovados e produção prevista para novembro.
Para os consumidores argentinos, atrações distantes do mercado nacional como, por exemplo, VW Polo em versão nova, importada da Índia, e o Fiat 500L. Nos corcoveios radicais de sua economia e mercado, é edição da nova série, e será realizada na capital portenha, em sua conhecida área de exposições La Rural, entre os dias 19 e 28 de junho. Imprensa, dia 18.
Iniciativa corajosa ante queda de vendas do mercado e das medidas restritivas ao comércio internacional, e freio no gasto de divisas. Chegou a ter a realização ameaçada, porém manteve a coragem, adaptou-se à realidade, reduzindo a área expositiva. Para evitar espaços em branco, a sensação de vazio, ampla mescla: carros-conceito; veículos antigos; antigos carros de corrida, os de Turismo Carretera, aqui desconhecidos; Fórmula 1 argentina; miniaturas; pista para educação de trânsito.
Automóveis, especialmente esportivos e de produção restrita, serão ponto alto da qualificada mão de obra argentina, recentemente autorizada a fazer tais produtos. Atração a visitantes e comerciantes brasileiros, pois tais veículos, aqui pouco conhecidos, e sua importação e distribuição ensejam negócios. Ingressos a partir de 100 pesos, compráveis na bilheteria ou pelo sitio www.ticktec.com.ar.
Roda a Roda
Fica – Toyota permanecerá líder mundial na produção de veículos, apesar de não superar em 2015 os 10,3 milhões marcados em 2014, opinião de Mark Hogan, membro do board internacional e encarregado das operações América Latina.
Porquê – Para o executivo, bons resultados mundiais, entesouramento. Não comentados, os abalos diretivos na concorrente Volkswagen e sua queda de participação no mercado norte-americano. VW vinha acelerando para ultrapassar e assumir a liderança mundial.
Revisão – Diretoria da Volkswagen analisa real necessidade das trocas de óleo semestrais, condição básica para manter a garantia. Uma mão de obra para os usuários da marca, instados à substituição do lubrificante em baixa quilometragem e, às vezes, sem atingi-la.
Audi F1 – A renúncia de Ferdinand Piech à presidência do Conselho da Volkswagen gera movimentos e mudanças internas. Uma delas, extra industrial, pode ser a entrada da Audi no circo da Fórmula 1.
Muda – Mandão acatado, Piech era contra a ida da controlada à categoria, apesar de todas as vitórias em vitrines de tecnologia, em especial a prova de resistência 24 Horas de Le Mans. Rupert Stadler, presidente, é a favor e diz pensar no negócio. Ano passado ele contratou Stefano Domenicali, ex-diretor de Fórmula 1 na Ferrari, para função incerta e não sabida.
Caminho – Entendimentos subterrâneos parecem adiantados. Fonte intrigante diz, o contrato da Red Bull com a Fórmula 1 vai até 2020, porém com sua patrocinada Renault se encerra ao fim de 2016. E este hiato poderia direcionar o apoio financeiro, considerado argumento de peso.
Tempo – Verdades não aparecerão logo. Em outubro a VW elegerá novo número 1, e só após planos, projetos e diretrizes tomarão rumo e forma.
Campanha – Marca de qualidade, mal explorada no Brasil, Subaru inicia ação de publicidade focando na peculiaridade de seus donos serem insistentemente apegados à marca. Enfim.
Vistoria – Projeto de Lei 1.499 do deputado Áureo (Solidariedade/RJ) acaba com as vistorias em veículos. Segundo pretende, defendendo o bolso dos consumidores, limita-as à mudança de característica física dos veículos. Em transferência de propriedade ou domicílio, não caberá.
Caminho – Parlamentar quer calçar demanda assemelhada pelo Ministério Público carioca. O PL inicia seu caminhar legislativo das Comissões de Viação e Transportes, e de Constituição e Justiça.
Gente – Dimitris Psillakis, diretor de automóveis Mercedes-Benz no Brasil, promoção. Presidente da MB Coreia. Incremento às vendas dos automóveis da marca no mercado brasileiro motivou o grande passo.
Fiat Strada, 14 anos de liderança
Fiat apresenta a linha 2016 de seu picape, um dos trunfos da marca: 14 anos de liderança; terceiro veículo mais vendido no mercado nacional; suas vendas superam à soma dos concorrentes. Marca tem pioneirismo como fabricante de picapes sobre automóveis, começando este caminho há tempos, 1939/40, quando criou-o sobre o modelo do pequeno sedã 1.100 (foto). Começou a desenvolver seu DNA.
No Brasil foi pioneira nas beiradas da década de 80 com o picape sobre plataforma do modelo 147. Na geração seguinte, derivada do Uno, realizou melhorias, como fazê-lo sobre plataforma maior, aumentando a área para trabalho. Logo em seguida agregou eixo traseiro para serviços em pavimentos ruins, com elevação central, chamando-o Ômega.
Já na linha Strada, cabine estendida, seguida do arranjo com cabine dupla e, recentemente, de três portas completam o portfólio, incluindo versão Adventure com revestimento interno em couro. Hoje, no total, o picape é oferecido em três variações de cabine, três opções de motorização, e três níveis de decoração interna. Linha 2016 marca-se pelo oferecimento de acessórios e equipamentos a preço menor relativamente à compra dos equipamentos individualmente.
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A coluna expressa as opiniões do colunista e não as do Best Cars