Testes de desempenho
Usamos o instrumento de medição Race Capture Pro (de 2017 em diante), com base em GPS (sistema de posicionamento global) e acelerômetros, que faz sua detecção da aceleração longitudinal e da velocidade real do carro sem depender do velocímetro do veículo. O disparo do instrumento para as medições desejadas é automático, de forma a evitar variações pelo acionamento manual.
Os testes são feitos em pista plana no interior paulista, em altitude próxima a 600 metros acima do nível do mar, e repetidos em ambos os sentidos para descartar a influência do vento. O combustível usado é informado em cada avaliação. Temos buscado usar apenas gasolina, mas em alguns casos recebemos os carros com álcool e não há tempo hábil para troca integral.
O veículo está sempre só com motorista (75 kg), com tanque próximo à metade e ar-condicionado desligado. A temperatura ambiente deve estar ao redor de 25°C e 30°C, o que é possível durante todo o ano na região, pois diferenças mais acentuadas podem afetar os resultados.
A sessão inclui no mínimo quatro medições de cada prova: aceleração (publicamos os resultados de 0 a 100 km/h, de 0 a 120 km/h e de 0 a 400 metros), retomada a partir de 60 km/h (até 100 km/h e até 120 km/h) e retomada de 80 a 120 km/h, metade em cada sentido. É então considerada a média entre os melhores resultados. Carros com transmissão manual fazem as provas de retomada em diferentes marchas, pelo menos as duas mais baixas possíveis para a prova. No caso de caixa automática são feitas medições com mudanças automáticas e, nas de aceleração, também com trocas manuais.
São adotados diferentes procedimentos para aceleração em busca do menor tempo. As variáveis incluem rotação ideal para arrancada com menor perda de tração, uso ou não de controle eletrônico de tração e rotação ideal para troca de marcha (com caixa manual ou no modo manual de caixa automática). No caso de caixa automática é usado o programa eletrônico de condução (se disponível) que traz menor tempo e são medidas tanto a saída em estol (acelerando o carro com o pedal de freio acionado) quanto sem essa manobra para comparação dos resultados.
Se o carro tem seleção de modos de condução, é usado o mais voltado ao desempenho.
Testes de consumo
Para medir consumo de combustível o Best Cars usa o computador de bordo do próprio carro. Os atuais sistemas de injeção requerem complexa instalação de medidores de vazão, enquanto a medição tanque a tanque está sujeita a muitas variáveis e é, em regra, imprecisa para trajetos de menos de 50 km. Comparações já realizadas pelo site, em trechos longos de medição, apontaram que a diferença entre a indicação do computador de bordo e o cálculo tanque a tanque fica, em geral, abaixo de 2% para mais ou para menos.
Se o carro tem seleção de modos de condução ou de modos da caixa automática, é usado o modo mais voltado à economia. Leia acima sobre o combustível usado.
São usados três trajetos-padrão, a saber:
• Urbano leve: 18 km em trajeto fixo de vias urbanas com pouco tráfego. Ar-condicionado sempre desligado. O trecho compreende vias de 40 a 60 km/h, cruzamentos com parada completa e lombadas. O carro é dirigido de maneira normal, sem usar potência máxima ou buscar máxima economia. A velocidade média ao fim do trajeto deve ficar ao redor de 35 km/h.
• Urbano exigente: 11 km em trajeto fixo em local sem tráfego, simulando o trânsito congestionado. Ar-condicionado sempre ligado e medição em dia quente (ao redor de 30°C se possível). O trecho compreende dezenas de saídas da imobilidade até 40 km/h, com alguma rodagem a tal velocidade, em uma sequência repetida com rigor a cada medição. A velocidade média ao fim do trajeto deve ficar ao redor de 20 km/h.
• Rodoviário: 38 km em trajeto fixo em rodovia. Ar-condicionado sempre ligado em potência média. O trajeto compreende trecho com aclives e declives, cumprido a 120 km/h indicados (mantidos com controlador de velocidade, se houver), com uma redução para 60 km/h e uma breve parada completa. A velocidade média ao fim do trajeto deve ficar ao redor de 110 km/h.