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Carros do Passado

A solução -- por estranha que pareça hoje -- foi retornar aos carburadores: quatro Webers equipavam a chamada Series 3, introduzida no ano seguinte e identificada por uma tomada de ar maior sobre o capô. Não havia ganho de potência -- 310 cv. Com o passar dos anos o controle de emissões fez o V8 perder força, chegando a 280 cv. Em 1977 a preparação Stage 1, com novos comandos de válvulas e sistema de escapamento, recuperava alguns dos cavalos perdidos, chegando a 304 cv.

Na Series 3 voltavam os confiáveis carburadores, mantendo desempenho semelhante. O V8 só voltaria a usar injeção em 1986

Como a produção foi interrompida durante 1975 pelas dificuldades da empresa, apenas 967 unidades saíram até a chegada da Series 4, em outubro de 1978. Esta trazia mais luxo e conforto -- até o revestimento do teto era de couro --, vinha com transmissão automática na maioria das unidades e perdia a tomada de ar no capô. O motor permanecia carburado e, com o automático, acelerava de 0 a 96 km/h em 7,2 s.

A injeção retornaria apenas na Series 5, lançada no Salão de Nova York de 1986. O sistema Weber/Marelli era eficiente e confiável, embora não resultasse em mais de 305 cv. Os mais exigentes em desempenho, no entanto, já podiam há alguns anos contar com um Aston Martin muito especial.

O Vantage V8, lançado em 1977, era a versão musculosa do cupê. Com motor retrabalhado e quatro carburadores Weber, desenvolvia 380 cv. Era o carro mais veloz da época

O agressivo Vantage   O nome Vantage -- derivado de advantage, ou vantagem, benefício -- foi visto pela primeira vez num Aston Martin em 1953, em uma preparação no motor de seis cilindros em linha e 2,6 litros do DB2. Os famosos DB4, DB5 e DB6 também tiveram versões Vantage. Eram tão raras e exclusivas, porém, que até James Bond teve de se contatar com Aston Martins convencionais em suas aventuras.

O primeiro Vantage V8 foi lançado em fevereiro de 1977, baseado no cupê V8. Com carroceria de alumínio e linhas alongadas e agressivas, o grande cupê de quatro lugares tinha 5.340 cm3 de cilindrada, quatro carburadores Weber 48 IDF, comandos de válvulas bravos, taxa de compressão mais alta, câmbio manual de cinco marchas ou transmissão automática Chrysler de três. A potência de 380 cv resultava em aceleração de 0 a 96 km/h em 5,3 s e velocidade máxima de 272 km/h -- a seu tempo era o carro de série mais veloz do mundo.

Grade fechada com faróis auxiliares e spoiler bastante baixo, a receita do Vantage V8 para obter passagem nas auto-estradas européias

A visão dos faróis auxiliares redondos, montados à frente do que antes era a grade, e do amplo spoiler era o bastante para obter passagem nas auto-estradas européias. Mas o Vantage dava-se ao luxo de conciliar esse desempenho à tradição inglesa de sofisticação e conforto, com revestimentos em couro, painel de madeira, ar-condicionado, rádio/toca-fitas e controles elétricos.

Para manter a estabilidade em alta um spoiler traseiro era adotado, sendo parte da carroceria a partir da unidade de número 17 fabricada. Apenas 39 Vantages da primeira série foram feitos, sendo 11 para o mercado americano. Como as normas de emissões -- sempre elas -- inviabilizavam o uso do motor esportivo, lá o carro usava o V8 convencional, sendo apelidado de "Vantage cosmético".
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Com pistões, comandos e carburadores especiais, a série 3 do Vantage conseguia mais de 410 cv. As rodas BBS ficavam sob pára-lamas mais largos

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