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Carros do Passado

O motor de quatro cilindros em linha, com comando de válvulas no cabeçote, tinha versões 1,3 de 55 cv, 1,5 de 75 cv e pouco depois 1,6 de 85 cv. As duas mais potentes eram as mesmas do Passat brasileiro, de 1.471 e 1.588 cm3. A suspensão dianteira seguia o conceito McPherson e adotava o raio de rolagem negativo, inovação introduzida em 1966 pelo Oldsmobile Toronado, nos EUA, que facilitava o controle direcional em emergências. Na traseira aparecia o eixo de torção -- solução herdada do DKW F102 e do Audi de 1965 -- com barra Panhard.

A primeira reestilização, em 1976, deu ao 80 faróis retangulares. O Passat
alemão não o acompanhou, mas o brasileiro sim, dois anos depois

Eleito Carro do Ano pela imprensa européia no ano de seu lançamento, o 80 logo ganhava novas opções. As versões quatro-portas e GT, esta com motor de 100 cv, chegavam em 1973, ao mesmo tempo em que a Volkswagen lançava seu primeiro Passat na Europa. A primeira reestilização vinha em agosto de 1976, com faróis retangulares, luzes de direção nos extremos dos pára-lamas -- exatamente a frente lançada aqui em 1979 no Passat -- e lanternas traseiras maiores. O GT passava a GTE, a letra significando Einspritzung ou injeção de combustível, e chegava a 110 cv, o mesmo motor lançado pouco antes no Golf GTI.

No mercado americano essa geração foi vendida entre 1973 e 1979 como Audi Fox -- nome que nosso Voyage adotaria nos EUA e Canadá em 1987. Oferecia de início apenas o motor de 1,5 litro e 75 cv, ampliado dois anos depois para 1,6 litro e 78 cv, com o uso de injeção eletrônica em vez de carburador.

Nos Estados Unidos a primeira geração foi vendida como Audi Fox, mesmo nome que nosso Voyage ganharia lá na década seguinte

Em setembro de 1978, logo após completar o primeiro milhão de unidades, o Audi 80 passava à segunda geração (Type 81, plataforma B2), mais ampla e espaçosa (entreeixos de 2,54 metros), embora sem revoluções no desenho: permanecia um clássico três-volumes de formas retas e equilibradas. Uma novidade era a terceira janela lateral, que nunca mais o abandonaria. Desta vez a marca oferecia as carrocerias de duas e de quatro portas em simultâneo.

Os motores eram os mesmos do anterior, mas um novo cinco-cilindros em linha de 2,1 litros aparecia em 1982, em versão a carburador de 115 cv. No mesmo ano o 80 ganhava opção da tração integral permanente Quattro (projeto Type 85), lançada dois anos antes no famoso cupê Quattro, um vencedor de ralis. Trazia motores 1,9 e 2,1-litros de cinco cilindros (primazia mundial da Audi em propulsores a gasolina), spoilers dianteiro e traseiro e tratamento frontal específico, com quatro faróis de refletores separados para fachos alto e baixo. A suspensão traseira era independente McPherson, já que não seria possível tração traseira com eixo de torção.

O modelo 1979 passava à segunda geração, ganhando a terceira janela lateral no quatro-portas e maior distância entre eixos

Nos EUA esse 80 foi denominado Audi 4000 e ofereceu motores de 1,6, 1,7 e 1,8 litro, com quatro cilindros, além de um 2,2 de cinco cilindros com injeção e 100 cv (depois elevados a 115 cv), e transmissão automática de três marchas ou manual de quatro ou cinco.

Uma atualização da mesma carroceria vinha em 1984, adotando amplas lanternas traseiras como as do novo 100, maior vão de acesso ao porta-malas, pára-choques maiores e novos faróis. A versão Quattro para a Europa podia ter motor 1,8 de 90 cv e a mesma aparência externa das de tração dianteira. Os 80 com motor de cinco cilindros eram renomeados 90 e considerados uma versão mais luxuosa. Traziam pára-choques com pintura parcial e faróis auxiliares, saias laterais e interior mais sofisticado.
Continua

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