Mas o impacto inicial do
Avanti esfriava à medida em que os interessados ouviam,
nas concessionárias, que as filas de espera não tinham
previsão de ser atendidas, tamanha a insuficiência da
produção. O Avanti nas pistas Mesmo com compressor, o automóvel não servia para as corridas -- mas seu formato aerodinâmico era adequado a recordes de velocidade, devidamente repotenciado. Andy Granatelli, presidente da Paxton e entusiasta do carro, e seus irmãos Vince e Joe prepararam um para correr nos famosos lagos salgados de Bonneville, em Utah. Com cilindrada aumentada para 4,9 litros, o Avanti estabeleceu dois recordes: 270,5 km/h na milha lançada, em dois sentidos, e 148 km/h na aceleração de 0 a 1.609 metros (uma milha). |
Recordes em Bonneville, com versões extensamente preparadas, foram um recurso muito utilizado pela Studebaker para tentar erguer as vendas |
No início de 1963 os
projetistas estudavam modificações para o Avanti 1964:
faróis retangulares em vez de circulares, melhorias no
isolamento térmico, mudanças no revestimento. Algumas
vinham de reclamações de consumidores ou do próprio
uso de Egbert, como a falta de calhas de chuva, que
então foram adotadas. Um acabamento negro com apliques
de madeira passou a ser oferecido. Mais importante, eram adotados como opções dois novos motores, com cilindrada de 304,5 pol3 (4.989 cm3) obtida a partir de um diâmetro de cilindros que deixava suas paredes bastante finas. Um trazia compressor, o outro carburador quádruplo -- mas apenas nove unidades do primeiro foram vendidas no Avanti, e do outro, nenhuma. Para chamar atenção ao lançamento da linha 1964, a Studebaker preparou novo espetáculo de velocidade, desta vez envolvendo outros modelos da empresa. Participava também o "Duo Centro", um Avanti com dois compressores (um para cada bancada de cilindros), injeção de combustível Bendix, sistema de lubrificação por cárter seco e radiador de óleo. Desenvolvia cerca de 570 cv brutos e chegava a um limite de 7.000 rpm. |
No final de 1963 o presidente Egbert deixava a Studebaker o Avanti sofria sua primeira tentativa de ser descontinuado. Muito mais, porém, ainda aconteceria |
Ele conseguiu nada menos
que 315 km/h no quilômetro lançado. Outro Avanti, com o
motor 289 e compressor, que havia realizado duas viagens
muito rápidas de costa a costa dos Estados Unidos, foi
aos lagos salgados de Bonneville e chegou a 235 km/h com
os mesmos motor e pneus. A Studebaker obteve 72 recordes
de velocidade com 12 carros em cinco dias. A empresa também ofereceu o Avanti como prêmio em um popular programa de TV, The Price Is Right, mas nada disso ergueu as vendas do modelo e a situação da Studebaker. Aos 3.834 exemplares da linha 1963 somaram-se apenas 809 do modelo 1964. Egbert, com câncer, deixou a empresa em outubro de 1963 e em dezembro a produção do Lark foi transferida para Hamilton, Ontário, no Canadá -- e a do Avanti descontinuada. Ele sobreviveria por décadas, porém, nas mãos de apaixonados por seu estilo elegante e aerodinâmico. |
Oferecido
como "o automóvel mais avançado da América",
o Avanti cumpriu seu papel em desenho, mas fez pouco
sucesso e não conseguiu levantar a empresa
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