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Carros do Passado

Foram construídos apenas 323 COPOs, 99 destes encomendados por Don Yenko, proprietário de uma oficina de preparação em Canonsburg, estado da Pensilvânia, especializada em Chevrolet. Os motores V8 L72 tinham originalmente 410 cv com tuchos hidráulicos ou 425 cv com os mecânicos, que subiam para perto de 500 cv graças ao trabalho de Yenko: taxa de compressão aumentada para 11,1:1, carburador Holley de 780 cfm (22.087 l/min), coletores de admissão em alumínio e coletores de escapamento dimensionados, com 2,5 pol de diâmetro.

O preparador Don Yenko fez alguns dos mais rápidos Chevelles. Partindo de um COPO com o V8 L72 de 425 cv, ele chegava a 500 cv

Os Chevelles Yenko usavam diferencial bem curto (4,10:1) e eram caracterizados pela decoração externa exclusiva, além de encostos de cabeça não disponíveis nos modelos de linha. Venciam o quarto-de-milha em 11 s com pneus especiais, fazendo justiça à sigla S/C (super car). Outros 224 Chevelles COPO não passaram pelas mãos de Don Yenko, mas suas versões são consideradas as mais especiais.

Melhor do que isso, apenas para quem esperasse o ano de 1970. O auge do desenvolvimento do Chevelle como produto havia sido atingido. Foi um modelo singular, fabricado somente nesse ano, com linhas "musculosas", grade reta com quatro faróis incorporados aos pára-lamas e lanternas traseiras quadradas integradas ao pára-choque.

O modelo 1970 foi o ponto mais alto da história do carro. Além deste SS 396 com novo estilo, as opções chegavam aos enormes 454 de 7,4 litros, com versões de 360 e 450 cv brutos

Todos os motores continuavam sem alterações, com exceção do L35, que deixava de ser produzido. Mas passava a equipar o Chevelle um dos maiores big blocks utilizados na indústria até então: o LS5 454 (7,4 litros) de 360 cv a 5.400 rpm e fantásticos 69,1 m.kgf (500 libras-pé) de torque a 3.200 rpm. Derivado do V8 427, tinha maior curso dos pistões; por isso oferecia menos potência do que o L78 e o L89, mas com mais torque, como preferem os americanos.

Se não fosse o bastante, o LS6 viria com as mesmas 454 pol3, carburador Holley com capacidade de 800 cfm, quatro parafusos por capa de mancal, virabrequim e bielas em aço forjado, pistões forjados de alumínio, coletor de admissão high rise (elevado), tuchos mecânicos e taxa de compressão de 11,25:1, para gerar 450 cv (o torque mantinha-se em 69,1 m.kgf, mas a 3.600 rpm). Até 1970, nenhum motor de produção em larga escala havia atingido potência tão alta. Com pneus originais diagonais, fazia o quarto-de-milha em 12 s, chegando a 171 km/h.

O SS aparecia amarrado a estacas na publicidade da Chevrolet, um humor que se justificava: nenhum motor produzido em série havia desenvolvido tanta potência até então

Na verdade, o LS6 era uma afronta da Chevrolet contra o alto comando da GM, que proibira motores maiores de 400 pol3 (6,5 litros) em plataformas médias. Um dos opcionais mais populares era o cowl induction hood, um capô com ressalto para acomodar o carburador Holley em cima do coletor high rise, além das travas no capô e das rodas Rallye de cinco raios, cujo desenho seria imitado pelo Opala SS brasileiro.

Ainda em 1970 o Chevelle ganhava um "irmão" mais elegante: o Monte Carlo. Pensando em retornar às competições, a Chevrolet havia descartado o uso do Impala, pois precisava de um carro menor e mais ágil. Decidiu então desenvolver um duas-portas com sua classe na plataforma do Chevelle de quatro portas. Suas linhas eram elegantes -- e detém até hoje o maior capô já utilizado em um carro da General Motors.
Continua

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