Não havia resquícios do retilíneo modelo anterior: tudo era curvo ou ovalado, dos faróis às lanternas traseiras, passando por vidros, molduras das portas e grade, agora apenas um vão entre o capô e o pára-choque. Interessante era que a versão de cinco portas assumia linhas bem diferentes da de três, com a traseira mais vertical (assegurando inclusive maior espaço para bagagem), lanternas estreitas e vidro traseiro chegando às colunas. Não havia mais o três-volumes.

Dez anos depois, um novo Corsa, todo arredondado e muito atraente. A versão GSi vinha com motor 1,6 de 16 válvulas e 109 cv, que a levava de 0 a 100 km/h em apenas 9,5 s

A mecânica não tinha inovações, mantendo o esquema básico do anterior. Os motores eram de 1,2 (50 cv) e 1,4 litro (em duas versões: com injeção monoponto e 60 cv, ou multiponto e 82 cv), todos de oito válvulas. Para o esportivo GSi, um 1,6 16-válvulas de generosos 109 cv a 6.000 rpm, capaz de levá-lo de 0 a 100 em 9,5 s e atingir 195 km/h de máxima. O coeficiente aerodinâmico (Cx) era bom, 0,34 na versão de cinco portas e 0,35 na de três (exceto GSi, também 0,34).

A segunda geração foi produzida em Zaragoza (Espanha), Azambuja (Portugal) e Eisenach (Alemanha) até 2000, tendo recebido retoques de estilo em 1998 e outras opções de motores: 1,0 de três cilindros (50 cv), 1,4 16V (90 cv), 1,5 turbodiesel (64 cv), 1,7 diesel (68 cv). Outras unidades da GM a fabricá-lo foram as do México, África do Sul, Argentina, Colômbia, Equador, Venezuela -- e a do Brasil.

Carro mais vendido do mundo em 1999, o Corsa foi produzido e vendido em vários continentes. Os australianos da Holden criaram esta interessante versão targa, o Barina Cabrio

Foi produzido também na Austrália pela Holden, empresa da GM, a partir de 1994, com motores 1,2, 1,4 e 1,6-litro e o nome Barina -- utilizado pela marca, de 1985 até então, em uma versão do Suzuki Swift. Em 1998 surgia nesse país um curioso targa denominado Cabrio, em que a metade posterior do teto era recolhida, restando arcos de proteção que simulavam as colunas traseiras do três-portas. No ano seguinte o Corsa era o carro mais vendido do mundo.

No Salão de Paris de 2000 surgia na Europa a terceira geração do Corsa, com aprimoramentos como subchassi na suspensão dianteira, câmbio automatizado de operação seqüencial (denominado Easytronic) e motor 1,8 16V de 125 cv no esportivo GSi (saiba mais). Às versões de três e cinco portas somavam-se em 2001 o Combo, furgão que já existia na geração anterior, e o Combo Tour, sua versão de passageiros, ao estilo de Doblò, Kangoo e Berlingo.

O modelo 1998 europeu recebia leves alterações de estilo e motor 1,0-litro de três cilindros. Dois anos depois seria apresentada a terceira geração do Corsa

O popular da Chevrolet   Em 1992, pouco antes do lançamento europeu do segundo Corsa, a subsidiária da General Motors em um certo país do outro lado do Oceano Atlântico tinha alguns problemas. A Fiat havia inaugurado com sucesso o segmento de motor 1,0-litro no Brasil com o Uno Mille, em 1990, ao qual o gigante americano só podia responder com uma versão despotenciada do velho Chevette. Pesado, pouco espaçoso e com tração traseira, o Junior foi um fracasso. Era preciso implantar algo novo à categoria. Continua

O cupê Tigra
Se a plataforma e a mecânica do primeiro Vectra (1988) haviam se prestado tão bem ao cupê Calibra, por que não tentar o mesmo com o novo Corsa europeu de 1993? A coisa toda começou como um exercício de imaginação e, no Salão de Frankfurt daquele ano, os projetistas da Opel apresentavam um cupê conceitual de 2+2 lugares muito atraente com o nome Tigra.

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Do carro-conceito à linha de produção em Zaragoza, na Espanha, bastaram dois anos, pois se tratava apenas de ajustar uma nova carroceria ao conjunto mecânico do Corsa GSi.
Do painel ao motor 1,6 16V de 108 cv (havia também versão 1,4 de 90 cv),
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tudo no Tigra lembrava o hatchback que lhe dera origem -- com um bom acréscimo de charme, mas uma série de desvantagens. O espaço interno era exíguo, tanto na frente quanto nos "bancos" traseiros ou no porta-malas. Os vidros dianteiro e traseiro muito inclinados deixavam o sol invadir o interior e limitavam a posição de dirigir. E tudo isso por uma aparência esportiva que não tinha continuidade no interior espartano.

A versão 1,6 foi lançada no Brasil em agosto de 1998 e vendida com certo êxito (cerca de 4.000 unidades) por cerca de um ano. Mas tornou-se cara demais com a desvalorização do real, em janeiro de 1999.

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