Os
esportivos de Rivolta Com o boom da economia italiana dos anos 60, Rivolta, querendo diversificar suas atividades (e, lógico, ganhar mais dinheiro), começou a avaliar a fabricação de GTs. Rivolta adorava carros e barcos velozes, e com a fortuna que acumulou na década de 50, nada parecia impossível. O prestígio que Enzo Ferrari tinha o deixava com inveja, e como Ferruccio
Lamborghini (leia história), achava que poderia fazer melhor.
Mas Lamborghini e Ferrari eram autodidatas. Apesar de muito diferentes, tinham várias similaridades. Os dois eram meio broncos, sem educação formal e "homens do povo" (apesar de Enzo odiar essa palavra, não passavam de
paesanos que fizeram fortuna). Já Rivolta não poderia ser mais diferente: educado, bem vestido, polido, estudado. Um verdadeiro
gentleman, Rivolta era quase aristocrático, faltando para ser um nobre apenas o título.
Como os senhores feudais, vivia em sua Villa Rivolta, que se parecia
muito com um castelo, inclusive com a fábrica dentro dos limites da
propriedade. A cidade de Bresso (nos arredores de Milão), onde ficava
a Villa Rivolta, era praticamente sua. Mas era uma pessoa calma,
sensata e muito inteligente. Diferente também de seus futuros
concorrentes, Rivolta era um sujeito "família", fiel à
esposa e bom pai para seus dois herdeiros.
Seus carros também não poderiam ser mais diferentes dos de Ferrari e Lamborghini. Rivolta, acostumado a fazer 50 Isettas por dia, pretendia produzir carros numa escala bem maior que os dois concorrentes.
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